Amostra bateu recorde mundial e cada saca de 60 quilos vale até R$ 15 mil.
Toques de frutas identificados por degustadores diferenciaram o produto.
Do G1 Sul de Minas
Facebook Twitter Google+ Pinterest”Foi a natureza que colocou esse sabor lá”, diz Sebastião da Silva sobre o café que é o atual campeão de um dos mais prestigiados concursos de cafés naturais realizados no mundo. Um toque de abacaxi, outro de maracujá, manga e uva verde. Esses foram os sabores identificados por especialistas durante a degustação e que podem fazer com que cada saca de 60 quilos produzidos em Cristina (MG) valha até R$ 15 mil em um leilão virtual que será realizado em março.
O café originado de uma área de 85 hectares do Sítio Baixadão concorreu em 2014 ao prêmio Cup of Excellence Naturals, promovido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, Sebrae e Alliance for Coffee Excellence. 203 amostras foram inscritas e apenas 44 passaram para a etapa internacional.
“Foi a natureza que colocou esse sabor lá”, diz
Sebastião da Silva sobre o café que é o atual
campeão (Foto: Reprodução EPTV)Na disputa final, 23 amostras foram consideradas vencedoras, 13 das quais produzidas no Sul de Minas. Mas foi o café de Sebastião que bateu o recorde mundial ao conquistar a nota de 95,18. O produtor garante que não houve nenhuma intervenção específica para provocar a ocorrência do sabor frutado em sua produção.
Para o engenheiro agrônomo José Carlos de Oliveira, as características da região de plantio aliadas ao cuidado do produdor explicam o reconhecimento em um conscurso tão competitivo. “O fato de ele estar em uma área alta, a 1.300 metros de altitude, e a dedicação dele no controle de pragas e no manejo pós-colheita fizeram a diferença. Ele é muito zeloso e foi campeão”, avalia.
Experiência
E Sebastião Silva acredita mesmo que sua paixão pelo cultivo de café é que tornou os grãos de Cristina tão especiais. Já são quase 20 anos de dedicação a uma cultura que não chegou à família por meio da tradição.
Antes de investir no setor cafeeiro, Sebastião arrendava terras e vivia do plantio de arroz. A partir de 1996, começou a mudar de ramo, na expectativa de melhorar a renda. Com o tempo, os resultados se tornaram promissores e agora ele tem 200 sacas de um café que vale ouro.
A preciosidade é tanta que ele mesmo não pôde sentir o gosto que encantou o exigente paladar dos avaliadores. “Não experimentei ainda”, relata. Assim que saiu a premiação, as sacas foram guardadas em uma cooperativa, onde devem ficar até sair o nome do comprador que vencer o leilão previsto para acontecer no dia 9 de março.
Segredo de qualidade de café está nos 1,3 mil metros de altitude onde lavoura é cultivada (Foto: Reprodução EPTV)
28/01/2015
Amostra bateu recorde mundial e cada saca de 60 quilos vale até R$ 15 mil.
Toques de frutas identificados por degustadores diferenciaram o produto.
Do G1 Sul de Minas
“Foi a natureza que colocou esse sabor lá”, diz Sebastião da Silva sobre o café que é o atual campeão de um dos mais prestigiados concursos de cafés naturais realizados no mundo. Um toque de abacaxi, outro de maracujá, manga e uva verde. Esses foram os sabores identificados por especialistas durante a degustação e que podem fazer com que cada saca de 60 quilos produzidos em Cristina (MG) valha até R$ 15 mil em um leilão virtual que será realizado em março.
O café originado de uma área de 85 hectares do Sítio Baixadão concorreu em 2014 ao prêmio Cup of Excellence Naturals, promovido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, Sebrae e Alliance for Coffee Excellence. 203 amostras foram inscritas e apenas 44 passaram para a etapa internacional.
Na disputa final, 23 amostras foram consideradas vencedoras, 13 das quais produzidas no Sul de Minas. Mas foi o café de Sebastião que bateu o recorde mundial ao conquistar a nota de 95,18. O produtor garante que não houve nenhuma intervenção específica para provocar a ocorrência do sabor frutado em sua produção.
Para o engenheiro agrônomo José Carlos de Oliveira, as características da região de plantio aliadas ao cuidado do produdor explicam o reconhecimento em um conscurso tão competitivo. “O fato de ele estar em uma área alta, a 1.300 metros de altitude, e a dedicação dele no controle de pragas e no manejo pós-colheita fizeram a diferença. Ele é muito zeloso e foi campeão”, avalia.
Experiência
E Sebastião Silva acredita mesmo que sua paixão pelo cultivo de café é que tornou os grãos de Cristina tão especiais. Já são quase 20 anos de dedicação a uma cultura que não chegou à família por meio da tradição.
Antes de investir no setor cafeeiro, Sebastião arrendava terras e vivia do plantio de arroz. A partir de 1996, começou a mudar de ramo, na expectativa de melhorar a renda. Com o tempo, os resultados se tornaram promissores e agora ele tem 200 sacas de um café que vale ouro.
A preciosidade é tanta que ele mesmo não pôde sentir o gosto que encantou o exigente paladar dos avaliadores. “Não experimentei ainda”, relata. Assim que saiu a premiação, as sacas foram guardadas em uma cooperativa, onde devem ficar até sair o nome do comprador que vencer o leilão previsto para acontecer no dia 9 de março.