ECONOMIA
26/06/2010
Itens diet e light aparecem pela primeira vez em pesquisa do IBGE
O aumento da renda das famílias — de 10,8% nos últimos seis anos — trouxe mudanças no cardápio do brasileiro, mostrou a última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE. À mesa dos consumidores, já entram produtos mais caros, como os artigos diet e light — que, pela primeira vez, começaram a ser investigados pela instituição. Em média 30% mais caros do que sua versão original, os produtos diet e light conquistam aquele consumidor que está atentos à balança ou à saúde. De olho nesse cliente, indústria e varejo apostam em novidades: do macarrão ao pé de moleque.
— A maioria das pessoas, por desconhecimento ou hábito, costuma usar produtos diet como menos calóricos. Geralmente são mais caros e sempre direcionados a um grupo de pessoas que seguem algum tipo de restrição alimentar, como os diabéticos — explica a gerente nacional do Vigilantes do Peso, Fernanda Fernandes.
Nos últimos anos, o sortimento de produtos diet e light cresceu bastante. A Maggi, marca da Nestlé, ampliou sua linha de produtos com novos sabores de macarrão com baixo teor de gordura — como o de peito de frango com ervas e requeijão (preço médio: R$ 5,99). Já a Fazenda Vermelha, fábrica de laticínios do Vale do Café, produz uma mozzarella light com 70% menos gordura. E o Sorvete Itália conta com mais de 15 sabores diet e light — que já representam 10% das vendas da rede.
Segundo Maximiliano Bortolacci, gerente comercial de cereais e produtos saudáveis do Grupo Pão de Açúcar, a marca própria da varejista, a Taeq, inclui orgânicos, diet e light, entre outros produtos que trazem benefício à saúde, e apresentou crescimento de 45% das vendas, em relação ao ano anterior. Entre as novidades nas gôndolas, estão requeijão com fibra light, arroz integral e açúcar orgânico.
O Zona Sul também desenvolveu uma linha de produtos exclusivos diet e light, a Frutt’Oro — que tem cereais e biscoitos e, em breve, terá sucos e chás. Na rede, o consumo light e diet aumenta cerca de 10% ao ano, o que impulsiona também o crescimento na oferta desses produtos em cerca de 30% anualmente, disse o diretor comercial do Zona Sul, Pietrangelo Letra: — Cada vez mais os clientes buscam produtos saudáveis e consomem itens para refeição completa.
Refrigerantes, sucos, pães, biscoitos, sobremesas, cereais e chocolates entram na lista dos mais procurados.