Durante três etapas da produção, a água no momento e na quantidade corretos garantem um grão superior
O grão do café possui três estágios determinados: verde, cereja e seco, sendo a segunda etapa a mais idealizada por todo produtor e por todo consumidor. O grão cereja representa a maturação ideal de café, concentra maior quantidade de açúcar e melhor sabor, e, por isso, é o mais valorizado do mercado.
Conseguir uma maior quantidade desse tipo de grão é a grande meta nas fazendas, e um dos segredos para atingi-la se resume em água na quantidade correta e no momento certo. Na verdade, em três momentos certos: na floração, pós-florada e na granação.
Willian Lucas Ribeiro, gerente de Operações do Grupo AC, explica que a primeira etapa, entre agosto e setembro, após um período seco, as plantas recebem um “estresse hídrico” para formação das gemas uniformes. “No café sequeiro, temos entre duas e três floradas desuniformes. Já na área irrigada temos uma só florada, maior e uniforme, o que possibilita a colheita futura de mais grãos cerejas”, explica.
Depois da florada também não pode faltar água. Os quinze primeiros dias após o aparecimentos das flores são decisivos para a garantia de produção. A terceira fase, em que a água é fundamental, é a granação entre janeiro e fevereiro. “Neste período, muitas vezes temos veranico e, se não tivermos irrigação, o grão não se forma completamente, fica deficiente, o que influi basta na qualidade”, conta Ribeiro.
Vale destacar que as fazendas contam com assessoria técnica da Irriger para definição do volume de água a ser utilizado em todas essas etapas de produção. A necessidade é analisada diariamente, com base em mais de 50 variáveis como umidade do ar. “A irrigação é uma carta na manga para garantir qualidade e produtividade. Mesmo que chova, às vezes, a água não aparece na quantidade necessária para a lavoura”, conclui.