Há três anos, em 20 de julho de 2021, a cafeicultura do Cerrado Mineiro e do Sul de Minas foi severamente atingida por uma das piores geadas já registradas. Esse evento climático extremo trouxe impactos devastadores para os cafezais, deixando uma marca profunda na produção e na economia da região.
Naquela madrugada gelada, as temperaturas despencaram para níveis críticos, causando danos irreversíveis às plantas de café. As folhas e ramos foram queimados pelo frio intenso, resultando na perda significativa da capacidade produtiva das lavouras. A geada de 2021 não só afetou a safra daquele ano, mas também comprometeu as colheitas subsequentes, devido à recuperação lenta e difícil das plantas.
Os produtores de café do Cerrado Mineiro e do Sul de Minas, áreas renomadas pela alta qualidade de seus grãos, enfrentaram um cenário desafiador. As perdas foram estimadas em milhares de hectares, e a necessidade de replantio e recuperação das lavouras gerou um aumento considerável nos custos de produção. Além disso, a redução da oferta de café no mercado global contribuiu para a elevação dos preços, impactando toda a cadeia produtiva.
A resposta dos cafeicultores a essa adversidade foi marcada pela resiliência e inovação. Muitos adotaram práticas agrícolas mais robustas e investiram em tecnologias para proteger suas plantações contra futuras ocorrências climáticas extremas. As experiências e lições aprendidas com a geada de 2021 impulsionaram uma busca por variedades de café mais resistentes ao frio e uma maior conscientização sobre a importância da diversificação e proteção das lavouras.
Três anos após essa catástrofe, a memória da geada de 20 de julho de 2021 permanece viva na comunidade cafeeira do Cerrado Mineiro e do Sul de Minas. Esse evento serviu como um lembrete poderoso da vulnerabilidade da agricultura às forças da natureza e da necessidade contínua de adaptação e preparação para enfrentar os desafios climáticos.