A dura faina dos carregadores de café

18/01/2011 07:01:00 – Porto Gente



Ali, dezenas de dezenas de carregadores enfileirados como formigas,
subiam as pranchas de embarque com as sacas nas costas e as despejavam
nos porões dos navios.


Datam de 1845 os primeiros embarques de café do Porto de Santos com destino à Europa. A partir de então, as cifras de exportação aumentaram de tal forma que Santos ficou conhecido mundialmente como o Porto do café.

O ouro verde financiou o progresso da Cidade, que passou a contar com grandes armazéns, escritórios de exportação, bancos, agências de navegação, bancos internacionais, prédios públicos e privados.


O transporte para bordo dos navios era uma tarefa árdua, realizada por uma fileira de trabalhadores, verdadeiras formigas humanas que sumiam por uma íngreme prancha e despejavam as sacas nos porões.

Em 1867, toda a produção do interior paulista começou a ser escoada, descendo a Serra do Mar nos vagões da estrada de ferro São Paulo Railway. O café que chegava através da ferrovia dos ingleses, era transportado aos armazéns gerais, de onde, depois de selecionados e ensacados, eram conduzidos em carroças até ao cais.

Enfim , depois de atravessar o Atlântico, o café brasileiro chegava às mesas das mais sofisticadas cafeterias européias e, quem diria depois de cultivado e carregado pelos compatriotas, imigrantes italianos, espanhóis, portugueses…

Esse trecho de texto do espetacular livro “Navios e Portos do Brasil – Nos Cartões-Postais e Álbum de Lembranças”, dos autores João Emílio Gerodetti e Carlos Cornejo, mostra claramente como era grande a demanda mundial  do caféno início do século passado.

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