Brasil participa da Feira de Cafés Especiais dos Estados Unidos
Evento, que deverá reunir 10 mil profissionais de 40 países, será aberto nesta sexta-feira, na Califórnia .
Uma delegação de empresários e cafeicultores brasileiros está nos Estados Unidos para participar da 19º Conferência e Exposição da SCAA – Specialty Coffee Association of America (associação norte-americana de cafés especiais), que acontecerá de sexta a segunda-feira ( 4 a 7) no Long Beach Convention & Entertainment, em Long Beach, Califórnia.
A participação brasileira, com o estande Cafés do Brasil, está sendo coordenada pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês). A iniciativa faz parte do parte do Programa Integrado de Marketing do Café (PIM – 2007), realizado pelo CDPC – Conselho Deliberativo da Política do Café, e coordenado pelo Departamento do Café da Secretaria de Produção e Agroenergia do MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A SCAA estima que a feira e a conferência deste ano atraiam mais de 10 mil profissionais do setor, de 40 países. Com o tema “Celebrating our Legacy … Shaping our Future” ( algo como Celebrando nossas Conquistas e Olhando para o Futuro), o evento abordará, em fóruns e palestras, temas como certificação e sustentabilidade, gastronomia, varejo e comércio atacadista de café.
De acordo com Marcelo Vieira, presidente da BSCA, o objetivo da participação dos Cafés do Brasil é, mais uma vez, marcar forte presença, estabelecer novos contatos comerciais, rever antigos compradores e promover os grãos brasileiros, que são cultivados de forma totalmente sustentável, respeitando-se todos os aspectos ambientais, sociais e econômicos.
Maior produtor e exportador de café do mundo, o Brasil tem uma série de vantagens no segmento dos “specialty coffee”, como o fato de o café poder ser cultivado em diversas regiões com características climáticas e geográficas exclusivas, o que permite a produção de cafés especiais com uma gama diversificada de sabores e qualidades. Outra vantagem brasileira, considerada única no mundo: o clima normalmente favorável durante a colheita permite que os cafeicultores escolham o sistema de processamento mais adequado às necessidades de seus clientes: natural, cereja descascado ou despolpado. “É uma atividade sustentável até nesse aspecto. Podemos produzir em porcentagens baseadas na demanda do mercado”, diz Marcelo Vieira.
Para ele, estar presente em feiras como essa da SCAA é estratégico, mesmo sendo os Estados Unidos um país que tradicionalmente importa cafés do Brasil. “Esses contatos pessoais lá fora, assim como os programas de visitas que esses compradores fazem ao Brasil e às fazendas, são fundamentais para mostrar nossa responsabilidade e seriedade em produzir cafés de alta qualidade e com sustentabilidade, uma exigência cada vez maior do mercado mundial”.