Cresce o movimento de contêineres

Publicação: 19/03/07

Por: GAZETA MERCANTIL

Terminal de Itajaí ocupa, desde 2005, o segundo lugar no ranking nacional, depois de Santos. A movimentação de contêineres no porto de Itajaí cresceu 22% nos últimos dois anos: entre 2004 e 2006, passou de 564.


Terminal de Itajaí ocupa, desde 2005, o segundo lugar no ranking nacional, depois de Santos. A movimentação de contêineres no porto de Itajaí cresceu 22% nos últimos dois anos: entre 2004 e 2006, passou de 564.012 para 688.305 TEUs (Twenty-feet Equivalent Unit, padrão internacional que transforma contêineres em unidades de 20 pés). Os dados são da Datamar, companhia especializada em informações de comércio internacional marítimo para os países da costa leste da América do Sul.


O porto de Itajaí ocupava a terceira colocação no ranking nacional em 2004, ano em que movimentou 2,2 mil TEUs a menos que o porto gaúcho de Rio Grande, segundo colocado na época. Em 2005, Itajaí ultrapassou Rio Grande, ficando 35.932 TEUs à frente.


No ano passado, o porto catarinense movimentou 133.442 TEUs a mais que o gaúcho, consolidando a segunda posição com ampla margem. Itajaí apresentou um crescimento de 15,09% na movimentação de contêineres, contra 7,77% do concorrente. Problemas


O ano de 2006 foi marcado por várias dificuldades externas, como a queda nas exportações de frango congelado (causada pela crise da gripe aviária) e de carne suína (em função do embargo russo ao produto catarinense), justamente os dois principais produtos da carteira de embarques pelo porto de Itajaí.


Também foram registradas condições climáticas adversas, que chegaram a fechar alguns portos, e greves de fiscais nos principais órgãos intervenientes na liberação das cargas, como Receita Federal, Anvisa e Ministério da Agricultura.


Apesar das dificuldades, a movimentação de contêineres no porto de Itajaí em 2006 cresceu 6,76%. No mesmo período, o terceiro colocado no ranking nacional apresentou movimentação negativa de 9,51%. Para o superintendente do porto, Wilson Francisco Rebelo, embora seja sadia, a competição não é a prioridade em Itajaí.


“Nosso avanço no cenário brasileiro e mundial é importante, mas não em comparação aos outros. Perseguimos as metas de crescer de forma organizada para amplificar a capacidade de geração de riquezas no estado, com oportunidades de trabalho e renda”, destaca.


Hoje, com 750 metros de cais acostável, o porto de Itajaí fica atrás apenas do gigantismo de Santos, maior porto da América Latina, com 13 quilômetros de área para atracação de navios. Em Itajaí as cargas conteinerizadas têm participação de mais de 90% na movimentação total de mercadorias, enquanto em Santos os contêineres respondem por apenas um terço das cargas.


São Francisco


O Porto de São Francisco do Sul, localizado no litoral Norte de Santa Catarina, recebeu novo guindaste MHC (Móbile Harbour Crane), modelo HMK 6407, um equipamento alemão de alta performance na movimentação de contêineres.


Mais moderno do que os outros dois já em atividade no porto, ele permite uma movimentação superior a 40 contêineres por hora. Os equipamentos agilizam o embarque e desembarque de mercadorias, fazendo parte de um pacote de investimentos da empresa WRC Operadores. O valor do equipamento adquirido pela empresa foi de ? 2,7 milhões.


O novo guindaste MHC 6407 tem o peso de 440 toneladas e capacidade de até 100 toneladas. É a quinta geração dos guindastes da empresa alemã Gottwald Port Technology (tipo post-panamax). Os guindastes são fundamentais, mas devem estar aliados a outros equipamentos de terra para que possam ser alimentados e se obtenha a maior produtividade possível. O Porto de São Francisco do Sul estará oferecendo três MHC, possibilitando o atendimento de um número maior de navios por dia, com maior produtividade e qualidade de serviços.


A empresa WRC Operadores também estará adquirindo, até o final de abril, o equipamento Stackers Milan, com capacidade de empilhamento de até seis contêineres de altura para ajudar na movimentação terrestre da nova retroárea do porto.

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