Publicação: 06/03/07
O ex-ministro Roberto Rodrigues vai encaminhar as propostas do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) exclusivo da agricultura para o governo federal na próxima segunda-feira. Apesar de o programa ter em vista o desenvolvimento do setor, Rodrigues admite que não há valores estabelecidos. “A principal meta é a estabilização do agronegócio no Brasil”, disse após se reunir com membros do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).
Uma das medidas que será solicitada é a disponibilidade de R$ 300 milhões para um Fundo de Catástrofes, cuja implementação já está sendo discutida no Congresso Nacional. Esse pedido vem de encontro à nova política agrícola, anunciada pelo ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto, na qual o governo pretende ampliar o seguro agrícola.
“Esse é um instrumento fundamental da nova política agrícola que o Governo Federal está implementando no Brasil. Por seu intermédio, vamos contribuir para que nossos produtores fiquem menos vulneráveis a fenômenos climáticos e a oscilações do mercado”, afirmou Guedes. Segundo Rodrigues, o seguro rural deverá ter um papel de destaque no PAC da Agricultura. “É de extrema importância porque estabiliza a renda e inibe problemas cíclicos para o produtor”, afirma.
Outro ponto em comum é o desejo em ampliar a articulação entre o setor público e o privado. Guedes destaca que dará suporte para a expansão das negociações entre os dois setores. Rodrigues espera que a parceria promova a criação de empresas de propósito específico, nas quais os centros de tecnologia do governo seriam financiados por empresas privadas que receberiam royalties.