Agronegócio
café e carne de frango são dois dos produtos em que o câmbio tem se mostrado particularmente prejudicial às exportações do agronegócio.
Para os produtores de café a queda do dólar pode provocar uma migração para outras culturas. Para Eduardo Carvalhaes, se as cotações continuarem no patamar atual o cafeicultor poderá se sentir desestimulado e buscar novas alternativas.
“Atualmente existem outras áreas da agricultura com maior potencial de crescimento como grãos, carne e a cana que, no futuro, será uma opção para o produtor que poderá negociar suas terras para a instalação de usinas sucroalcooleiras”, diz o diretor do Escritório Carvalhaes, especializado em café.
Na cafeicultura, uma das áreas que está sendo mais prejudicada são os cafés finos. Os preços do café da região da Alta Mogiana tiveram uma queda acentuada nas últimas semanas, recuando 15% nos dois primeiros meses do ano, de R$ 294 para R$ 250. Para driblar a baixa remuneração provocada pela queda do dólar os produtores estão negociando apenas de acordo com o seu custo de produção.
Segundo o diretor de Marketing da Associação de cafés Especiais da Alta Mogiana (AMSC, na sigla em inglês), João Guilherme Martins, os produtores estão esperando uma reação do mercado físico e que a falta do produto no mercado estimule a alta dos preços. “A previsão é que os estoques suportem até o final de março. Assim, até junho, quando a próxima safra começará a ser colhida, pode haver uma nova alta”, diz Martins.
No caso da carne de frango, a receita cambial em janeiro com as vendas externas recuou 5,6% em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, enquanto o volume teve queda de 2,19%, para 209.049 toneladas, de acordo com dados divulgados ontem pela Abef -Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos.
As exportações de carne de frango totalizaram, em janeiro, embarques de 209.049 toneladas, com uma queda de 2,19% em relação a janeiro de 2006. A receita cambial somou US$ 265,068 milhões, o que corresponde a uma redução de 5,6% na mesma comparação.
Para 2007 as projeções da Abef apontam para embarques de 2,850 milhões de toneladas, com aumento de 5% no ano, e receita de US$ 3,420 bilhões, em um crescimento de 6,8%. A Abef considera que a valorização do real inibe um melhor desempenho do setor por reduzir a rentabilidade das exportações.
Fonte: Diário do Comércio e Indústria
Publicação: 27/02/07
Café e carne de frango são dois dos produtos em que o câmbio tem se mostrado particularmente prejudicial às exportações do agronegócio.
Para os produtores de café a queda do dólar pode provocar uma migração para outras culturas. Para Eduardo Carvalhaes, se as cotações continuarem no patamar atual o cafeicultor poderá se sentir desestimulado e buscar novas alternativas.
“Atualmente existem outras áreas da agricultura com maior potencial de crescimento como grãos, carne e a cana que, no futuro, será uma opção para o produtor que poderá negociar suas terras para a instalação de usinas sucroalcooleiras”, diz o diretor do Escritório Carvalhaes, especializado em café.
Na cafeicultura, uma das áreas que está sendo mais prejudicada são os cafés finos. Os preços do café da região da Alta Mogiana tiveram uma queda acentuada nas últimas semanas, recuando 15% nos dois primeiros meses do ano, de R$ 294 para R$ 250. Para driblar a baixa remuneração provocada pela queda do dólar os produtores estão negociando apenas de acordo com o seu custo de produção.
Segundo o diretor de Marketing da Associação de Cafés Especiais da Alta Mogiana (AMSC, na sigla em inglês), João Guilherme Martins, os produtores estão esperando uma reação do mercado físico e que a falta do produto no mercado estimule a alta dos preços. “A previsão é que os estoques suportem até o final de março. Assim, até junho, quando a próxima safra começará a ser colhida, pode haver uma nova alta”, diz Martins.
Receita do frango recua
No caso da carne de frango, a receita cambial em janeiro com as vendas externas recuou 5,6% em janeiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, enquanto o volume teve queda de 2,19%, para 209.049 toneladas, de acordo com dados divulgados ontem pela Abef (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frangos).
As exportações de carne de frango totalizaram, em janeiro, embarques de 209.049 toneladas, com uma queda de 2,19% em relação a janeiro de 2006. A receita cambial somou US$ 265,068 milhões, o que corresponde a uma redução de 5,6% na mesma comparação.
Para 2007 as projeções da Abef apontam para embarques de 2,850 milhões de toneladas, com aumento de 5% no ano, e receita de US$ 3,420 bilhões, em um crescimento de 6,8%. A Abef considera que a valorização do real inibe um melhor desempenho do setor por reduzir a rentabilidade das exportações.