Governo de Minas incentiva certificação do queijo artesanal

21 de janeiro de 2007 | Sem comentários Produção Sustentabilidade
Por: 20/01/2007 18:01:04 - Jornal de Uberaba - MG

O cadastro dos produtores de queijo é uma exigência da Lei Estadual 14.185/2002 O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, prossegue com o cadastramento dos produtores de queijo Minas Artesanal do Estado e informa que só os registrados têm condições de comercializar seus produtos com certificação de origem e qualidade. O objetivo é cadastrar todos os produtores de Minas Gerais, pois o programa agrega qualidade ao queijo à base leite cru e possibilita maior inserção do produto no mercado.


Segundo o coordenador do Programa Queijo Minas Artesanal/Emater-MG, Elmer Ferreira de Almeida, o cadastro dos produtores de queijo é uma exigência da Lei Estadual 14.185/2002. O cadastramento é indispensável para o produtor obter a certificação de origem do produto e ter acesso às tecnologias para agregar qualidade ao queijo minas artesanal.


Para se cadastrar, o produtor deve comprovar o atendimento às normas de segurança alimentar, como cuidados com o rebanho leiteiro, com a qualidade do leite e do queijo além de ter condições para o armazenamento do produto. Os padrões para a certificação foram definidos em conjunto o pela Emater-MG, também vinculada à Secretaria, o IMA, Sebrae Minas e sistema cooperativo de Minas Gerais (Sescoop).


Como fazer o cadastro – Os produtores devem encaminhar ao escritório seccional do IMA o pedido de cadastramento, apresentando fotos das partes internas e externas da queijaria e também fotos da sala de ordenha e curral de espera, inclusive do piso. Segundo a Portaria nº 818, de 12 de dezembro de 2006 do IMA, que fixa essas exigências, até dez dias após o registro do produtor será feita a auditoria pericial de cadastramento. O objetivo é comprovar as condições da fábrica apresentadas nas fotos e nas declarações do produtor.


 Os auditores observam se a fábrica de queijo artesanal registrada funciona de acordo com as exigências de higiene e saúde em todos os estágios da produção, desde o manejo das vacas e coleta do leite até a produção do queijo, armazenamento e comercialização do produto. Observam também se todas as pessoas que trabalham no local têm carteira de saúde ou documento equivalente emitido pela Saúde Pública.


 Além disso, os auditores do IMA procuram saber, na fábrica, se o queijo e outros produtos estão embalados em recipientes adequados. Observam ainda se o produtor obedece à determinação de manter em destaque o número de cadastro fornecido pelo IMA, nos rótulos ou nos produtos, como também à exigência de exibir data de fabricação e prazo de validade legíveis.


Completam o trabalho exigindo a apresentação da planilha de rastreabilidade da comercialização do queijo minas artesanal. Novos municípios entram no mapa das exportações mineiras No ano passado, os norte-americanos puderam consumir a cachaça de Marilac, no Vale do Rio do Doce, e o café torrado produzido em Tapiraí, no Alto Paranaíba, foi experimentado pelos italianos. Enquanto isso, holandeses, alemães e espanhóis experimentaram a manga cultivada em Vargem Grande do Rio Pardo e os chineses utilizaram o granito e a ardósia extraídos em Cachoeira do Pajeú e Curral de Dentro, no Vale do Jequitinhonha. Muitos veículos dos Estados Unidos foram movidos pelo álcool de Campo Florido, no Triângulo Mineiro e os angolanos conheceram os móveis produzidos em São Geraldo, na Zona da Mata.


Em 2006, estes passaram a integrar a lista dos 230 municípios mineiros que comercializaram seus produtos com o exterior, contribuindo para que as exportações mineiras ultrapassassem os US$ 15,64 bilhões. Os números ainda não são grandes comparados com os maiores exportadores, mas representam o início de um processo que pode ser ampliado.
Dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) indicam que Marilac exportou o equivalente a US$ 9 mil em cachaça, enquanto Vargem Grande do Rio Pardo vendeu US$ 279 mil em manga.


O comércio exterior está inserido no projeto do governo de Minas de desenvolvimento econômico e social do Estado. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas, Wilson Nélio Brumer, informou que a meta é agregar valor à economia e que isso se dará através do fortalecimento da pequena e da média empresas.


“Uma das formas que vemos para conseguir isso é por meio da inserção dessas empresas no mercado internacional. Muitas das grandes empresas exportadoras começaram com pequeno volume de negócio, mas a persistência é que as levaram a conquistar e ampliar seus mercados. O comércio externo deve ser visto como um dos pilares para o crescimento e fortalecimento das empresas”, afirmou.


O incremento das exportações é um dos projetos estruturadores a ser desenvolvido nos próximos quatro anos. “Queremos ampliar a nossa pauta de exportações e isso se dará pela inserção de médias e pequenas empresas nesse cenário. Minas é e continuará sendo forte exportador de commodities, mas queremos que, cada vez mais, os produtos vendidos a outros países tenham valor agregado”, destacou.


O secretário lembrou que o governo de Minas conta com várias ferramentas para auxiliar o empreendedor mineiro que queira investir no comércio exterior. A Central Exportaminas atende às consultas dos interessados por meio do telefone 0800-770.7087. Existem também as opções de atendimento direto, na sede da Central, à avenida Afonso Pena, 2910 ou pela internet no endereço www.exportaminas.mg.gov.br.


Os dados do MDIC mostram que, no período de 2003 a 2006, empresas sediadas em 281 municípios exportaram. Destes, 180 tiveram presença nos quatro anos. Com vendas da ordem de US$ 1,73 bilhão, Itabira é o maior município exportador. Ele é seguido por Nova Lima (US$ 1,63 bilhão) e Varginha (US$ 929,7 milhões). Ministério interdita propriedade com praga em Fronteira O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) interditou uma propriedade rural localizada no município de Fronteira no estado de Minas Gerais pela ocorrência de praga de ‘cancro cítrico’, doença devastadora que ataca todas as variedades e espécies de citros. A praga manifesta-se por lesões em folhas, frutos e ramos. O cancro é transmitido pela bactéria Xanthomonas axonopodis pv. Citri, sendo de fácil disseminação na lavoura. Altamente contagiosa, ela é resistente e consegue sobreviver em vários ambientes por mais de nove meses. A bactéria causadora dessa doença foi introduzida no Brasil em 1957 na região de Presidente Prudente (SP).


A interdição da propriedade mineira foi publicada dia 17, no Diário Oficial da União acessível pelo endereço eletrônico da Imprensa Nacional no site www.in.gov.br. Governo disponibiliza R$ 700 milhões para apoio ao arroz O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luis Carlos Guedes Pinto, anunciou na quinta-feira, dia 18, a liberação de R$ 400 milhões para operações de Empréstimo do Governo Federal (EGF) para o arroz, o suficiente para dar suporte à comercialização de 1 milhão de toneladas do grão. Outros R$ 300 milhões serão utilizados para apoio à comercialização via Aquisições de Governo Federal (AGF) e leilões de opções públicos, o que dará garantia de sustentação para mais 650 mil toneladas do produto.


Os produtores estão preocupados com a comercialização da próxima safra. Eles alegam que dois anos de sucessivas dificuldades na comercialização do produto culminaram em retração da área plantada do Brasil e da produção nacional. Tal cenário, segundo as entidades, provocou prejuízos econômicos e sociais naquele Estado, maior produtor do cereal no País, com o equivalente a 60% da produção nacional.


A produção de arroz no Rio Grande do Sul na safra 2006/2007 deverá ter uma retração de 12,6% em comparação com a de 2005/2006. Segundo o quarto levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a colheita pode reduzir de 6,7 milhões de toneladas para 5,8 milhões de toneladas. Em termos nacionais, a redução será de 4%. Mesmo assim, não deverá haver desabastecimento.


A adoção de mecanismos de apoio à comercialização irá garantir o pagamento do preço mínimo aos produtores de arroz, estabelecido em R$ 22/50kg. A liberação de verba para AGF e leilões de opção depende, no entanto, de sanção do Orçamento Geral da União pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Aprovado zoneamento agrícola A Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) definiu o zoneamento agrícola de risco climático para o cultivo de cevada irrigada em São Paulo, safra 2007, e feijão no Paraná, 3 ª safra ano 2006/2007. As portarias foram publicadas na edição de ontem, dia 19, do Diário Oficial da União e indicam os municípios apropriados para o plantio e os tipos de solos adequados para a semeadura, entre outras recomendações. Outras informações podem ser consultadas no site da Imprensa Nacional (www.in.gov.br) e no site do Mapa (www.agricultura.gov.br), nas seções Serviços ou Sislegis.
 

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