Portos do Paraná são pioneiros no País ao implantarem selo de qualidade

19 de janeiro de 2007 | Sem comentários Produção Sustentabilidade
Por: 19/01/2007 09:01:03 - Clube do Fazendeiro

O governo do Paraná, por meio da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) será o primeiro estado brasileiro a instituir um selo de qualidade, chamado “Selo de Qualidade Paraná”, para os produtos agropecuários e florestais a serem exportados através dos portos de Paranaguá e Antonina.


A partir do dia 5 de fevereiro, o selo passará a ser emitido pela empresa credenciada pela Appa para auditar todo o processo, desde a chegada dos produtos ao porto até o seu embarque nos navios. O selo vai garantir que os produtos exportados estão em conformidade às normas, aos padrões e aos procedimentos nacionais e internacionais de segurança alimentar e qualidade.


“O Selo de Qualidade Paraná cria um diferencial competitivo, agregando valor aos produtos exportados através dos portos de Paranaguá e Antonina, além de promover uma imagem positiva do Brasil no mercado internacional”, enfatiza o superintendente da Appa, Eduardo Requião de Mello e Silva. “É uma garantia para o importador de que os produtos exportados pelos nossos portos atendem a padrões de qualidade e boas práticas de gestão, também de sustentabilidade ambiental e responsabilidade social”, acrescenta.


O “Selo de Qualidade Paraná” segue um conjunto de normas, padrões e procedimentos, estabelecidos pela Appa, relativos à qualidade e procedência de produtos e subprodutos de origem agropecuária e florestal exportados, compulsórios e voluntários, que são internacionalmente aceitos no comércio internacional. Os exportadores certificados poderão utilizar o selo nos produtos e fazer a sua divulgação. A inspeção e classificação dos produtos continua sob responsabilidade da Claspar – Empresa Paranaense de Classificação de Produtos, e a certificação será realizada pelo Instituto Genesis / IGCert que é a entidade credenciada pela Appa.Certificação


“O processo de certificação começa agora, em 5 de fevereiro, para a soja, farelo de soja e milho. Depois será feito para o álcool e o açúcar e em seguida para a madeira e produtos florestais. Na última fase estaremos certificando as carnes (aves, suína e bovina)”, avisa Henrique Victorelli Neto, presidente do Instituto Genesis/IGCert, que é considerado o maior organismo certificador brasileiro nas áreas animal e vegetal e atua diretamente em 14 estados do Brasil. “Nós seguimos rigorosamente as normas da ISO 65 e do Inmetro e temos uma política de qualidade de estabelecer um processo de certificação independente, imparcial e transparente, que garante credibilidade e confiabilidade”, declara Victorelli.


“O Paraná é pioneiro no país ao adotar um selo de qualidade. Isso irá beneficiar toda a cadeia produtiva dos produtos agropecuários e florestais, agregando valor e dando maior credibilidade e respeitabilidade aos produtos exportados através dos portos de Paranaguá e Antonina”, garante Victorelli. Ele explica que o “Selo de Qualidade Paraná” vai ampliar ainda mais o mercado internacional aos produtos exportados pelo Paraná.


Valor agregado


“Num mercado cada vez mais globalizado e competitivo são maiores as exigências pela qualidade e procedência dos produtos agrícolas e florestais. Os importadores estão dispostos a pagar mais por produtos certificados pois seus consumidores querem saber a procedência dos produtos e se eles atendem aos requisitos básicos que envolvem a segurança alimentar, sustentabilidade ambiental e respeito às pessoas. Um selo de qualidade só agrega mais valor aos produtos exportados pelo Paraná”, garante Victorelli.


O “Selo de Qualidade Paraná” foi estabelecido por lei específica (Lei n.º 14.940, alterada pela Lei n.º 15.335 de 22 de dezembro de 2006) e é um certificado de conformidade a padrões mínimos de qualidade, nacionais e internacionais, de produtos e subprodutos das cadeias agropecuária e florestal.


Selo de qualidade agrega valor aos produtos e abre novos mercados


O presidente do Instituto Genesis/IGCert, Henrique Victorelli Neto, explica que a criação do “Selo de Qualidade Paraná” é uma garantia para os consumidores, compradores (importadores), produtores (exportadores), vendedores (trades), porto (Appa) e a entidade inspetora (Claspar) de que os produtos agropecuários e florestais estão em conformidade a normas e padrões de qualidade e de boas práticas de gestão (ambiental e sociais). “Na Europa, Japão e em outros países os consumidores querem saber onde os alimentos que eles consomem são produzidos, que tratamentos receberam ao longo do processo produtivo e se respeitou o meio ambiente e os direitos dos cidadãos envolvidos na sua produção. Em outras palavras, eles exigem a rastreabilidade dos produtos que comparam”.


É o caso da EurepGap, organização de grandes varejistas europeus preocupados em assegurar a qualidade de produtos destinados ao consumo humano. “Eles criaram um sistema de gestão que incluem boas normas agrícolas e ambientais, que determinam não só mudanças no sistema de produção, mas também envolvem todos os que participam no processo, inclusive os trabalhadores”, explica Marcelo Rocha Holmo, Diretor Excecutivo do IGCert. “A criação da EurepGap foi uma reação à crise da “vaca louca” que afetou rebanhos em toda a Europa. As grandes redes de supermercados se viram obrigadas a dar garantias sobre a carne que vendiam. Por isso, criaram um sistema para afirmar a qualidade do produtos que vendiam”.


O IGCert certifica para a EurepGap diversos produtos produzidos no Brasil e que são exportados para a Europa. A sigla EurepGap significa:Euro Retailer Produce Working Group – Good Agricultural Practices, e representa os principais varejistas europeus no setor de alimentos. A entidade preconiza a utilização de Boas Praticas Agrícolas (GAP), através de normas de certificação para frutas, verduras, grãos, café e animais (gado de corte, gado de leite, ovinos, suínos e aves). “Um exemplo é o que aconteceu com o mercado exportador de carne brasileira. Após atender as exigências de certificação, os produtores passaram a exportar 25% do que produziam em 2006, quando em 2001 era só 3,5%. De 32 países passamos a exportar para 180 países no mesmo período. O valor da tonelada passou de US$ 1.300 para US$ 2.500. É a comprovação de que a certificação agrega valor e abre novos mercados aos produtos brasileiros”, avalia Holmo.


O que é Certificação?


Certificação é o conjunto de medidas e atividades desenvolvidas por um organismo independente da relação comercial, de terceira parte, com o objetivo de atestar publicamente, por escrito, que determinado produto, processo ou serviço está em conformidade com os requisitos especificados (ISO / INMETRO / ABNT).


Por que Certificar?


Dentre as vantagens da certificação de produtos agro-alimentares, estão:Aumentar a confiabilidade sobre o produto, por parte do produtor, da indústria, do varejista e do consumidor final; Maior segurança alimentar; Atender as legislações nacionais e internacionais de rotulagem; Acessar mercados que apresentam restrições a OGMs; Diferenciar o produto, agregando valor e competitividade.Para saber mais: http://www.igcert.com/br/index.phphttp://www.eurepgap.org/Languages/Portuguese/index_html
(fonte: APPA – Assesoria de Comunicação)
 
 
 

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