24/11/2006 13:11:03 – Agrolink
Com aplicação de alta tecnologia e manejo de qualidade, está começando um novo ciclo de crescimento da cafeicultura de Rondônia, que já levou o Estado ao 5º lugar entre os maiores produtores do nobre grão em todo o Brasil. Em 2001, a área colhida estendeu-se por 223 000 hectares e a safra alcançou 4,261 milhões de sacas. Em 2006, no entanto, o plantio limitou-se a cerca de 164 000 hectares e a previsão é de uma colheita em torno de 1,223 milhões de sacas da espécie Robusta, variedade Conillon, dominante na região.
Após este período de retração, por causa da queda nos preços no mercado local, da exaustão de cafezais antigos e das mudanças no regime de chuvas nesta porção da Amazônia sub-equatorial, a cultura começa a reagir em diversos municípios, alavancada por iniciativas do poder público e pela adesão de centenas de produtores tradicionais, em cidades como Ariquemes, Machadinho, Ouro Preto, Ji-Paraná, Cacoal e Rolim de Moura.
A implantação, desde 2004, do Programa de Tecnificação e Desenvolvimento da Cultura do café, administrado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Produção e Desenvolvimento Econômico e Social (Seapes) em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RO) e a unidade regional da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa/RO), tem capacitado centenas de produtores rurais, extensionistas da Emater, do Idaron e da Seapes sobre os aspectos mais importantes da atividade, através da realização de dias de campo, “treinos e visistas” e da implantação de unidades demonstrativas de combinação de técnicas de manejo.
Em cada uma daquelas seis cidades, estão sendo escolhidas por uma equipe técnica multidisciplinar da Emater, Embrapa e Seapes três propriedades para servirem de modelo de plantio tecnificado. O trabalho começa com a análise laboratorial de vários pontos do solo, para avaliação da fertilidade e posterior indicação de corretivos e adubação.
Em seguida, o preparo da terra inclui a limpeza e remoção de material inservível e a escavação das covas, com espaçamento padrão para o plantio adensado, em torno de 2,80 x 1,70 m. As unidades-modelo receberão mudas precoces, de alta produtividade, desenvolvidas por pesquisadores no viveiro clonal da Embrapa de Ouro Preto, que teve sua área aumentada de 144 para 288 metros quadrados e já produziu 24.800 sacolinhas para distribuição aos pequenos produtores.
Para qualificar o processo de secagem e triagem dos grãos, vão ser implantados pela Seapes terreirões de lama asfáltica, em parceria com o Departamento de Obras e Serviços Públicos (Deosp). Além disso, foram selecionados 90 produtores em 30 municípios para a instalação de unidades demonstrativas de combinação de técnicas, como o plantio arborizado, o controle biológico de pragas e a irrigação por gotejamento.
“Nossa expectativa é de vigorosa retomada da cafeicultura, devido a uma série de fatores positivos: a estabilização da cotação no mercado regional, hoje em torno de R$ 140,00 a saca; a conscientização dos produtores sobre a necessidade de manutenção dos tratos culturais, como a poda sistemática e a adubação; a farta oferta de calcário dolomítico, do qual foram adquiridas pelo governo do Estado mais 15.000 toneladas junto aos operadores da jazida de Espigão do Oeste e, finalmente a produtiva parceria firmada desde 2004 entre a Emater e a Embrapa para o melhoramento genético de café para a região Amazônica, dentro do programa de tecnificação e desenvolvimento”, destaca Marco Antonio Petisco, secretário de Estado da Agricultura, Produção e Desenvolvimento Econômico e Social (Seapes).
Em 2006, os números do programa revelam a dimensão do esforço conjunto de todos os protagonistas deste expressivo setor do agronegócio rondoniense: distribuição de 18 toneladas de calcário, 6.000 kg de fertilizantes NPK (nitrogênio-fósforo-potássio) para unidades demonstrativas de sistemas de condução de cafeeiro e 5.110 kg de sementes de café Conillon; realização de 147 visitas técnicas e 34 palestras para 3.787 cafeicultores, além de excursão para 192 pequenos produtores e técnicos da Emater, Idaron e da própria Seapes .
Levando-se em consideração que um quilo de sementes selecionadas produz 2.500 mudas, as sementes distribuídas são suficientes para o plantio de até 7.650 hectares, ou 10% da área prevista em todo o Estado para 2006, com matrizes de alta qualidade, que garantem produtividade de até 35 sacas por hectare, em caso de plantio adensado. O volume permitiu atender a 3.826 pequenos produtores voltados para a agricultura familiar com dois hectares em cada propriedade, o que projeta uma renda extra anual de até R$ 5.600,00 a partir de 2009.
Quinta-feira, 23 de Novembro de 2006 – 11:35
Com aplicação de alta tecnologia e manejo de qualidade, está começando um novo ciclo de crescimento da cafeicultura de Rondônia, que já levou o Estado ao 5º lugar entre os maiores produtores do nobre grão em todo o Brasil. Em 2001, a área colhida estendeu-se por 223 000 hectares e a safra alcançou 4,261 milhões de sacas. Em 2006, no entanto, o plantio limitou-se a cerca de 164 000 hectares e a previsão é de uma colheita em torno de 1,223 milhões de sacas da espécie Robusta, variedade Conillon, dominante na região.
Após este período de retração, por causa da queda nos preços no mercado local, da exaustão de cafezais antigos e das mudanças no regime de chuvas nesta porção da Amazônia sub-equatorial, a cultura começa a reagir em diversos municípios, alavancada por iniciativas do poder público e pela adesão de centenas de produtores tradicionais, em cidades como Ariquemes, Machadinho, Ouro Preto, Ji-Paraná, Cacoal e Rolim de Moura.
A implantação, desde 2004, do Programa de Tecnificação e Desenvolvimento da Cultura do Café, administrado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Produção e Desenvolvimento Econômico e Social (Seapes) em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RO) e a unidade regional da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa/RO), tem capacitado centenas de produtores rurais, extensionistas da Emater, do Idaron e da Seapes sobre os aspectos mais importantes da atividade, através da realização de dias de campo, “treinos e visistas” e da implantação de unidades demonstrativas de combinação de técnicas de manejo.
Em cada uma daquelas seis cidades, estão sendo escolhidas por uma equipe técnica multidisciplinar da Emater, Embrapa e Seapes três propriedades para servirem de modelo de plantio tecnificado. O trabalho começa com a análise laboratorial de vários pontos do solo, para avaliação da fertilidade e posterior indicação de corretivos e adubação
Em seguida, o preparo da terra inclui a limpeza e remoção de material inservível e a escavação das covas, com espaçamento padrão para o plantio adensado, em torno de 2,80 x 1,70 m. As unidades-modelo receberão mudas precoces, de alta produtividade, desenvolvidas por pesquisadores no viveiro clonal da Embrapa de Ouro Preto, que teve sua área aumentada de 144 para 288 metros quadrados e já produziu 24.800 sacolinhas para distribuição aos pequenos produtores.
Para qualificar o processo de secagem e triagem dos grãos, vão ser implantados pela Seapes terreirões de lama asfáltica, em parceria com o Departamento de Obras e Serviços Públicos (Deosp). Além disso, foram selecionados 90 produtores em 30 municípios para a instalação de unidades demonstrativas de combinação de técnicas, como o plantio arborizado, o controle biológico de pragas e a irrigação por gotejamento.
“Nossa expectativa é de vigorosa retomada da cafeicultura, devido a uma série de fatores positivos: a estabilização da cotação no mercado regional, hoje em torno de R$ 140,00 a saca; a conscientização dos produtores sobre a necessidade de manutenção dos tratos culturais, como a poda sistemática e a adubação; a farta oferta de calcário dolomítico, do qual foram adquiridas pelo Governo do Estado mais 15.000 toneladas junto aos operadores da jazida de Espigão do Oeste e, finalmente a produtiva parceria firmada desde 2004 entre a Emater e a Embrapa para o melhoramento genético de café paraa região Amazônica, dentro do programa de tecnificação e desenvolvimento, apesar do contingenciamento de R$ 5,244 milhões em verbas da Suframa para esta atividade, ordenado pelo Governo Federal naquele ano e nunca suspenso, o que obrigou o Estado de Rondônia a bancar todos os custos do programa”, afirma Marco Antonio Petisco, secretário de Estado da Agricultura, Produção e Desenvolvimento Econômico e Social (Seapes).
Em 2006, os números do programa revelam a dimensão do esforço conjunto de todos os protagonistas deste expressivo setor do agronegócio rondoniense: distribuição de 18 toneladas de calcário, 6.000 kg de fertilizantes NPK (nitrogênio-fósforo-potássio) para unidades demonstrativas de sistemas de condução de cafeeiro e 5.110 kg de sementes de café Conillon; realização de 147 visitas técnicas e 34 palestras para 3.787 cafeicultores, além de excursão para 192 pequenos produtores e técnicos da Emater, Idaron e da própria Seapes .
Levando-se em consideração que um quilo de sementes selecionadas produz 2.500 mudas, as sementes distribuídas são suficientes para o plantio de até 7.650 hectares, ou 10% da área prevista em todo o Estado para 2006, com matrizes de alta qualidade, que garantem produtividade de até 35 sacas por hectare, em caso de plantio adensado. O volume permitiu atender a 3.826 pequenos produtores voltados para a agricultura familiar com dois hectares em cada propriedade, o que projeta uma renda extra anual de até R$ 5.600,00 a partir de 2009.
Fonte: Assessoria Seapes
Autor: Carlos Macena