17/10/2006 05:10:52
Denise Chrispim Marin
A balança comercial encerrou as duas primeiras semanas de outubro com superávit de US$ 2,131 bilhões. Mas, ao contrário dos meses anteriores, as exportações aceleraram mais que as importações. No período, os embarques ao exterior alcançaram US$ 5,523 bilhões, com média diária de US$ 613,7 milhões, cifra 23,9% maior que a de outubro de 2005.
As importações totalizaram US$ 3,392 bilhões, com média diária de US$ 376,9 milhões, valor 21% superior ao do ano passado. Por enquanto, a inversão do ritmo não afetou os resultados do ano. O saldo comercial positivo alcançou US$ 36,132 bilhões de 1º de janeiro a sexta-feira. As exportações somaram US$ 106,235 bilhões – um aumento de 15,9% em relação a igual período de 2005.
A meta do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) é chegar a US$ 135 bilhões. As importações acumularam US$ 70,103 bilhões, cifra 22,3% superior à de 2005. Nas duas semanas de outubro, houve expansão nas três principais categorias de exportação. O conjunto dos produtos básicos teve aumento de 10,5%, graças aos setores de café (17,2), carnes (20,7%), minérios (39,3%) e fumo (42,3%). As semimanufaturas cresceram 47,4%, devido especialmente ao setor de celulose (+21,3%). Responsável pela maior parcela das exportações brasileiras, as manufaturas apresentaram expansão de 26,9% na média diária. Nessa categoria, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do ministério, notou aumento de 9,1% nos embarques de material de transportes e nas categorias de produtos metalúrgicos (52,4%), de equipamentos mecânicos (60,9%), de produtos químicos (32,5%) e de eletroeletrônicos (25,6%).
A Secex só identificou queda nas médias diárias de exportação de três dos 17 principais setores: petróleo e derivados (55,1%), soja em grãos (5,0%) e produtos têxteis (6,3%). Mesmo com ritmo menos acelerado em outubro, a média diária de importações cresceu em 22 das 23 principais categorias de produtos em relação a igual mês de 2005. A única queda deu-se nas compras externas de produtos farmacêuticos, que recuaram 22,4%. A principal categoria, combustíveis e lubrificantes, apresentou aumento de 8,8%. Em seguida, na lista, estavam equipamentos elétricos e eletrônicos (19,9%), equipamentos mecânicos (18,5%), produtos químicos (30,1%), automóveis e autopeças (12,1%). Os porcentuais mais impressionantes foram notados nas importações de algodão (254,4%), leite e derivados (127,7%) e aviões e suas peças (86,4%).