N.Y. fechou em baixa de 45 pontos, a US$ 2,3685 por libra peso nos contratos com vencimento em março próximo

A bolsa de café de N.Y. fechou em baixa de 45 pontos, a US$ 2,3685 por libra peso nos contratos com vencimento em março próximo.

16 de dezembro de 2021 | Sem comentários Mercado
MERCADO DE CAFÉ
Santos, 16 de dezembro de 2021 – quinta-feira
A bolsa de café de N.Y. fechou em baixa de 45 pontos, a US$ 2,3685 por libra peso nos contratos com vencimento em março próximo.
O dólar fechou hoje a R$ 5,6780 (baixa de 0,53 %).
Mercado físico de café:                                                    
                                                                                                                                                                                                 
 Oscilando bastante mais uma vez, os contratos de café em NY trabalharam hoje em queda moderada em boa parte do pregão. Mesmo assim, os contratos para março próximo bateram em US$ 2,4040 na máxima do dia e em US$ 2,3325 na mínima do dia. Esses contratos para março próximo fecharam o pregão a US$ 2,3685 por libra peso, em queda de 45 pontos. Ontem fecharam a US$ 2,3730 por libra peso, em alta de 15 pontos.
               
                Segundo alguns analistas, a razão dos contratos na ICE terem trabalhado hoje em queda foi a divulgação da quarta e última estimativa da CONAB para a safra brasileira de café deste ano. Em nossa opinião, é um número extremamente preocupante. Segundo a CONAB, a safra de conilon foi recorde, estimada em 16,29 milhões de sacas, um crescimento de 13,8 % em relação à safra 2020. A de arábica foi estimada em 31,42 milhões de sacas, recuando 35,5 % em comparação ao ciclo anterior. A produção total soma 47,72 milhões de sacas, um número que não atende às necessidades brasileiras para exportação e consumo interno. Na realidade, o mercado sempre trabalha com números acima dos da CONAB. Mesmo assim é um indicador da forte quebra na produção brasileira de café. No ano-safra anterior, 2020/2021, terminado em junho último, o Brasil exportou 45, 675 milhões de sacas e consumiu aproximadamente 22 milhões de sacas. Portanto foram 67, 675 milhões de sacas. 20 milhões acima do número estimado pela CONAB. Isso depois de termos exportado 40,256 milhões de sacas no ano-safra 2019/2020 e 41,426 milhões de sacas em 2018/2019. Foram três anos excepcionais, em que quebramos a barreira de 40 milhões de sacas, feito nunca antes alcançado em nossa longa trajetória como exportadores de café. Para alcançar esses recordes, praticamente zeramos os estoques privados brasileiros. Os governamentais já estão zerados há alguns anos. 
                Os fundamentos do mercado permanecem sólidos. As notícias sobre problemas climáticos no Brasil e em nossos principais concorrentes, continuam assustando os operadores. Circulam notícias sobre quebra na próxima safra da Colômbia, segundo maior produtor de arábica do mundo, e na próxima safra do Vietnã, maior produtor de robusta do mundo. O problema no Vietnã, além do clima, é o do envelhecimento de seu parque cafeeiro, que está derrubando a produtividade do país. A queda na produção mundial de café é séria e os entraves logísticos tornam o quadro ainda mais complicado. As fortes oscilações em NY continuam refletindo interesses de curto prazo de operadores e especuladores. A irregularidade do clima assusta os operadores.
Hoje o dólar fechou em baixa de 0,53 % a R$ 5,6780. Ontem fechou em alta de 0,26 % a R$ 5,7080. Os contratos de café para março próximo na ICE em Nova Iorque fecharam hoje a R$ 1778,95. Ontem fecharam a R$ 1791,74. Na sexta-feira fecharam valendo R$ 1727,03. Na sexta-feira da semana anterior à passada, fecharam a R$ 1 828,29.
No mercado físico brasileiro os compradores diminuíram um pouco o valor de suas ofertas. Continuou pequeno o número de negócios fechados. Nas bases de preço oferecidas pelos compradores, muitos produtores que estão com lotes no mercado recuam. Pedem preços mais altos. 
Permanece pequena a oferta de lotes de café arábica destinados ao consumo interno brasileiro. O mercado físico brasileiro do conilon está firme, comprador. 
A precipitação mais intensa ocorre sobre a Alta Paulista, Minas Gerais e interior do Espírito Santo com acumulado entre 50mme 90mm até a terça-feira da semana que vem. Na Baixa Mogiana e no sul da Bahia, estima-se algo entre 25mm e 50mm, enquanto a Alta Paulista e norte do Paraná receberão algo entre 20mm e 30mm. Atualmente, a umidade do solo está abaixo do ideal para o desenvolvimento agrícola entre o oeste de São Paulo e o Paraná e sem expectativa de reversão do quadro pelos próximos sete dias. A baixa umidade do solo afeta pés de café mais novos. Entre os dias 22 e 28 de dezembro, a chuva mais intensa alcançará o Cerrado, Zona da Mata de Minas Gerais e o norte do Estado do Espírito Santo com acumulado de até 125mm. Por outro lado, o norte do Paraná e a Alta Paulista receberão algo entre 35mm e 50mm (SOMAR Meteorologia). 
*Selecionamos e colocamos diariamente em nosso site notícias e informações sobre o mercado de café.
 
                                                                                                                                                                                 
FECHAMENTO DA BOLSA DE NEW YORK: 16/12/2021
DEZEMBRO/21 236,95 -45
MARÇO/22 236,85 -45
MAIO/22 237,00 -50
JULHO/22 236,55 -45
SETEMBRO 235,70 0
DEZEMBRO/22 234,20 +30
Saudações,
Escritório Carvalhaes

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