Bolsa de café de N.Y. fechou em baixa de 210 pontos, a US$ 2,3130 por libra peso nos contratos com vencimento em março próximo

A semana abriu com mais um pregão de muita oscilação para os contratos de café em NY. Entre a máxima (US$ 2,3530) e a mínima do dia, os contratos para março oscilaram 720 pontos.

22 de novembro de 2021 | Sem comentários Comércio
MERCADO DE CAFÉ
Santos, 22 de novembro de 2021 – segunda-feira
A bolsa de café de N.Y. fechou em baixa de 210 pontos, a US$ 2,3130 por libra peso nos contratos com vencimento em março próximo.
O dólar fechou hoje a R$ 5,5930 (baixa de 0,27 %).
Mercado físico de café:                                                    
                                                                                                                                                                                                 
A semana abriu com mais um pregão de muita oscilação para os contratos de café em NY. Entre a máxima (US$ 2,3530) e a mínima do dia, os contratos para março oscilaram 720 pontos. Encerraram o dia em baixa de 210 pontos a US$ 2,3130. Todos os demais vencimentos encerraram acima de US$ 2,31. Na sexta-feira fecharam a semana em alta de 425 pontos, a US$ 2,3340. No balanço da semana passada subiram 1 145 pontos. Na semana anterior à passada, a alta acumulada foi de 1 555 pontos.  
Terminada a rolagem dos contratos de dezembro para março, as oscilações diárias devem continuar refletindo os interesses de curto prazo. Os fundamentos continuam os mesmos, convergindo para um cenário nunca vivido por todos os atores que participam atualmente da produção e do mercado internacional do café: Problemas e incertezas climáticas no Brasil e nos demais produtores de café, estoques governamentais zerados no Brasil, baixos estoques ao redor do mundo, quebra da produção brasileira em 2021 e em 2022, caos logístico, quebra da produção de café da Colômbia, segunda maior produtora mundial de café arábica, neste ano e no próximo. Poderíamos elencar ainda mais adversidades, que já indicamos ao longo dos últimos meses. As declarações na semana passada do presidente atual e do último ex-presidente da Cooxupé, atestam a seriedade da atual crise na produção brasileira de arábica. A Cooxupé é a maior cooperativa de café do Brasil e do mundo, maior exportadora de café do Brasil, exportando apenas arábica, e está no centro da maior região produtora de arábica do Brasil.  
Portanto, os fundamentos do mercado permanecem sólidos e semana após semana vão levando as cotações do café na ICE em NY para patamares mais altos. 
              Depois das altas diárias na última semana, hoje o dólar recuou um pouco frente ao real. Fechou em queda de 0,27 % a R$ 5,5930. Na sexta-feira terminou a semana em alta de 0,70 %, a US$ 5,6080. Em reais por saca, os contratos de café para dezembro próximo na ICE em NY fecharam hoje valendo R$ 1 711,35. Na sexta-feira fecharam a R$ 1 731,42. 
No mercado físico brasileiro os compradores mantiveram o valor de suas ofertas. Saíram negócios, mas em volume pequeno. O mercado físico continuou quieto, com vendedores esporádicos. Semana após semana, o cafeicultor brasileiro vende apenas o necessário para fazer “caixa” e cumprir os compromissos mais próximos. Os cafeicultores estão retraídos e se recusam a vender nas bases de preço oferecidas pelos compradores. 
 
  Continuamos com a mesma opinião. Os fundamentos do mercado não mudaram, permanecem os mesmos e a cada semana que passa apontam para um déficit maior na oferta de café arábica verde. As chuvas que começaram a partir do início de outubro, caem em muito bom volume, são essenciais para evitar uma quebra ainda maior, mas não estancarão instantaneamente o ciclo de perdas, e muito menos recuperarão o que já foi perdido para a safra do próximo ano.
Permanece pequena a oferta de lotes de café arábica destinados ao consumo interno brasileiro. O mercado físico brasileiro do conilon está firme, comprador. 
As precipitações mais intensas sobre as áreas de café reaparecerão a partir da quinta-feira sobre o Paraná e Alta Paulista. Rapidamente, o sistema avança e leva chuva forte ao Cerrado e Zona da Mata na sexta-feira. E finalmente alcança a Bahia e o norte do Espírito Santo no sábado. Justamente neste último dia, veremos os maiores acumulados da semana, que alcançarão 100mm na divisa entre Espírito Santo e Bahia. Por outro lado, estimam-se menos de 20mm nesta semana sobre o nordeste do Paraná, boa parte de São Paulo e o sul de Minas Gerais. Entre os dias 29 de novembro e 05 de dezembro, a precipitação mais intensa retornará ao Paraná, São Paulo e sul de Minas Gerais com acumulados entre 20mm e 50mm (SOMAR Meteorologia).
                                                                   *Selecionamos e colocamos diariamente em nosso site notícias e informações sobre o mercado de café.
 
                                                                                                                                                                                 
FECHAMENTO DA BOLSA DE NEW YORK: 22/11/2021
DEZEMBRO/21 231,35 -195
MARÇO/22 231,30 -210
MAIO/22 231,30 -210
JULHO/22 231,20 -200
SETEMBRO 231,00 -200
DEZEMBRO/22 231,25 -200
Saudações,
Escritório Carvalhaes

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