Bolsa de café de N.Y. fechou em alta de 155 pontos, a US$ 1.9345 por libra peso nos contratos com vencimento em dezembro próximo.

Depois da forte queda de ontem, em um dia de realização de lucros para especuladores e fundos, que mais à frente, com o quadro mais calmo e claro.

6 de outubro de 2021 | Sem comentários Comércio
MERCADO DE CAFÉ
Santos, 06 de outubro de 2021 – quarta-feira
A bolsa de café de N.Y. fechou em alta de 155 pontos, a US$ 1.9345 por libra peso nos contratos com vencimento em dezembro próximo.
O dólar fechou hoje a R$ 5,4860 (alta de 0,02%).

Mercado físico de café:                                                    
                
Depois da forte queda de ontem, em um dia de realização de lucros para especuladores e fundos, que mais à frente, com o quadro mais calmo e claro, voltarão a se posicionarem em um mercado que continuará com oferta restrita e abaixo das necessidades do consumo mundial de café, hoje os contratos de café em NY abriram em alta e trabalharam em alta moderada por todo o pregão. A alta foi contida em parte pelo mercado cambial, onde o dólar trabalhou em forte alta frente ao real (quando os contratos de café em NY fecharam, o dólar estava próximo ao pico do dia, que foi de R$ 5,5360).  Os contratos de café para dezembro próximo fecharam com ganhos de 155 pontos (na máxima do dia bateram em 355 pontos de alta) a US$ 1,9345 por libra peso. Ontem caíram 845 pontos e anteontem recuaram 370 pontos. Na sexta-feira subiram 1005 pontos. No balanço da semana passada os ganhos foram de 975 pontos.
No mercado cambial brasileiro, o dólar trabalhou em forte alta frente ao real ( e também frente às principais moedas do mundo) por praticamente todo o pregão. No pico do dia o dólar chegou a valer R$ 5,5360. Bem perto do fechamento, essa alta acabou refluindo, e a moeda americana fechou hoje praticamente estável, a R$ 5,4860 – subindo apenas 0,02 %. Ontem subiu 1,43 %. Em reais por saca, os contratos de café para dezembro próximo na ICE em NY fecharam hoje a R$ 1 403,84. Ontem fecharam a R$ 1 392,34. Na sexta-feira fecharam a semana a R$ 1 449,19.
O estado de nossos cafezais, desfolhados e debilitados depois de enfrentarem mais de um ano de secas históricas e três frentes frias com geadas em julho último, possibilita que a abertura da florada proporcione fotos muito bonitas. A ausência de folhas faz com que as flores brancas apareçam bastante, levando a análises equivocadas do que está acontecendo. No exterior, para quem só conhece café na xicara, o cafezal todo branco traz a sensação de que as chuvas chegaram e agora está tudo resolvido. Não está não. 
Os fundamentos continuam os mesmos e não devem se alterar tão cedo. Diversos agentes e operadores têm visitado as principais regiões produtoras de café no Brasil, constatando pessoalmente a extensão dos estragos. Também se conscientizam que as chuvas que começam a chegar a partir de agora, não estancarão instantaneamente o ciclo de perdas, e muito menos recuperarão o que já foi perdido para a safra do próximo ano. Nosso parque cafeeiro está enfraquecido e em condições difíceis. 
Enfrentamos ainda sérios problemas com a falta de contêineres e espaço em navios, além de forte alta nos principais insumos para a produção de café. Energia elétrica, combustíveis, fertilizantes, tratores e maquinários,  estão subindo com força.
                                                                                                                                                                                                
Em meio a muita oscilação, a crescente percepção do quadro acima está levando os contratos de café na ICE a um novo patamar de preços. 
O mercado físico brasileiro permaneceu firme, comprador, mas travado, sem vendedores nas bases oferecidas pelos compradores. O valor das ofertas subiu um pouco com NY e dólar em alta. Alguns exportadores ficaram fora do mercado. Os cafeicultores continuaram retraídos. Não existem lotes de café arábica abaixo de mil reais por saca. O volume de lotes que chega ao mercado é baixo e preocupante. 
                
Continua a escassez de lotes de café arábica destinados ao consumo interno brasileiro. O mercado físico do conilon está firme, comprador. Cresce a porcentagem de conilon nas ligas de consumo interno.
Em nossa opinião a chegada das chuvas não mudará o comportamento dos cafeicultores no mercado de café.
Semana com chuva sobre as principais áreas de café. O acumulado até o fim de semana passa dos 50mm no Paraná, São Paulo, sul de Minas Gerais, Zona da Mata e sul do Espírito Santo. No Cerrado estima-se algo entre 20mm e 50mm. No decorrer da semana que vem, a chuva forte espalha ainda mais pelas áreas produtoras e alcança o norte do Espírito Santo e o sul da Bahia (SOMAR Meteorologia). 
*Selecionamos e colocamos diariamente em nosso site notícias e informações sobre o mercado de café.
 
FECHAMENTO DA BOLSA DE NEW YORK: 06/10/2021
DEZEMBRO/21 193,45 +155
MARÇO/22 196,40 +155
MAIO/22 197,55 +155
JULHO/22 198,15 +160
SETEMBRO 198,45 +155
DEZEMBRO/22 198,80 +150
Saudações,
Escritório Carvalhaes

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