O futuro das fazendas de café: o que fazer para se manter nesse mercado cada vez mais competitivo e global?

Durante a SIC, jovens produtores debateram sobre os grandes desafios na gestão e na ressignificação do trabalho nas fazendas

24 de novembro de 2020 | Sem comentários Especiais Mais Café

O setor cafeeiro tem tomado novos rumos e no atual cenário, é preciso investir em ações para que as fazendas permaneçam no mercado e se destaquem pelos diferenciais exigidos pelo novo consumidor, que está cada vez mais informado e interessado nos propósitos do produtor e na sua responsabilidade com o todo. Esse foi um dos assuntos discutidos na Semana Internacional do Café, na última sexta-feira (20).

Mediado por Sérgio Parreiras Perreira, pesquisador científico do Instituto Agronômico de Campinas, contou com a participação de Isabela Pascoal da Daterra Coffee, Paula Magalhães Paiva da Fazenda Recanto e Felipe Croce da Fazenda Ambiental Fortaleza. Todos foram unânimes em destacar sustentabilidade, gestão de pessoas, tecnologia e pesquisa em suas abordagens sobre o futuro das fazendas.

“Precisamos valorizar a origem e os processos da produção de café e levar essa informação para o consumidor final”, afirmou Felipe Croce, que reforçou a importância para o produtor de conhecer as particularidades do seu produto e saber precificá-lo.

Tecnologias que promovam maior eficiência no cultivo também foram citadas no debate. A modernização da produção permite um plantio mais eficaz e um controle maior em relação a rastreabilidade do grão. Tais componentes refletem nas informações e permitem a ações com foco na maior qualidade do grão, fator decisivo no processo de escolha do comprador.

Pesquisas e estudos na busca da sustentabilidade e menor impacto ao meio ambiente também se tornaram uma grande preocupação. Esse fator não é só exigido pelos mercados mais sofisticados, mas também, é imprescindível para a sobrevivência do cultivo na região. “Temos que pensar na sustentabilidade não só para compensar algo que foi danificado, mas para construir o novo. É preciso ressignificar o trabalho no agro em todas as dimensões, profissionalizando cada um dos espaços e mostrar que a agricultura é uma parceria da natureza”, destacou Isabela Pascoal.

Por fim, Paula Magalhães Paiva destacou algo de extrema importância: a gestão de pessoas. “Como vamos reter os profissionais para trabalhar no campo? As fazendas devem investir em ações que façam das fazendas um local atrativo para que elas desempenhem suas funções, pensando em inovações que tornem as atividades mais confortáveis e menos árduas”, afirmou. Ou seja, é preciso pensar em pessoas e na forma que elas irão executar seus trabalhos para que seja prazeroso e faça sentido.

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