Semana Internacional do Café destaca uma mudança de comportamento do consumidor, que busca por mais informações do produto à sustentabilidade e caminhos que impactem menos no meio ambiente
São Paulo, 18 novembro de 2020 – Gente é a coisa mais importante de um negócio. É com essa frase que Pedro Lima, presidente da Três Corações, define o foco da sua empresa durante participação na Semana Internacional do Café 2020, que esse ano ocorre 100% on-line entre 18 e 20 de novembro.
Com um consumidor cada vez mais exigente e bem informado, questões como procedência e sustentabilidade dos produtos oferecidos se tornaram cruciais para o sucesso de vendas, o que também vem se refletindo no mercado cafeeiro.
“O consumidor é nosso orientador e ele está antenado, atento a tudo. Para ter sucesso, a empresa precisa primeiro prestar contas para o seu cliente e com isso deixará o seu investidor satisfeito. Nossa maior obra é encantar o consumidor, oferecer um produto que faça sentido e que tenha profundidade”, diz Pedro Lima.
Ricardo Pereira, COO da Ally Coffee, afirma que a busca por informações de valor é uma tendência mundial. O executivo cita, ainda, os exemplos das indústrias de vinho e cerveja, que já há bastante tempo vem entregando conteúdo relevante aos seus clientes, como procedência dos produtos, forma de produção, entre outras.
“As grandes empresas de café já estão se movimentando para proporcionar essas informações. O consumidor quer saber qual é o impacto positivo que ele teve na compra daquele café. O mercado de café tem tido essa influência de outros mercados, a demanda dele é por uma informação honesta e transparente”, explica.
Christina Meinl, Presidente da Specialty Coffee Association (SCA), relaciona a busca por mais informações do produto à sustentabilidade, que traz impactos a muitos aspectos da cadeia cafeeira. “Nossa mensagem é deixar um mundo melhor para as próximas gerações. Não há outra alternativa: todos terão que criar mais valor à cadeia produtiva e pensar em caminhos que impactem menos no meio ambiente”, afirma.
A Três Corações, que iniciou sua atividade no segmento de cafés tradicionais, passou a atuar no mercado gourmet e hoje tem forte presença no setor de cafés raros, já incorporou a sustentabilidade à sua cadeia produtiva e vem investindo em projetos inovadores, cujo impacto social e ambiental pode ser bastante representativo. Um deles é o projeto Tribos em que a companhia irá comercializar cafés raros produzidos por tribos indígenas do Estado de Rondônia.
Sustentado nos pilares proteção da floresta, protagonismo do índio e qualidade do café, o projeto Tribos é um exemplo de inovação sustentável. Pedro Lima conta que ficou contagiado com o espírito indígena quando foi apresentado ao projeto. “O que mais me entusiasmou foi ajudar criando valor. Quando chegamos, eu senti os índios muito desmotivados com a distribuição do seu produto. O café orgânico é um produto diferenciado e nós ajudamos nesse suporte de trazer a parte mais técnica do café. Foram dois anos de muita construção. Compramos o café por um preço muito bom, que motivou a comunidade indígena. É uma ação que criou prosperidade, que move toda a cadeia. São cafés raros, com sabor inigualável”, revela.
O Brasil, como grande produtor de café e importante player do agronegócio, tem papel importante na busca pela sustentabilidade da produção cafeeira. “Há uma mudança no comportamento do consumidor, uma compra mais consciente do produto. Há uma conscientização como um todo. As pessoas estão buscando experiência, produtos que tragam alegria, segurança alimentar e conforto”, finaliza Eliana Relvas, barista, Q Grader e profissional especializada em avaliação sensorial de café.
Serviço:
Semana Internacional do Café 2020 – 100% Digital
De 18 a 20 de novembro
#conectadospelocafé
Cadastro gratuito: www.semanainternacionaldocafe.com.br