Uma pesquisa realizada na Universidade Kyushu, no Japão, e publicada na revista especializada BMJ Open Diabetes Research and Care mostrou mais um grande benefício do café para a saúde.
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Uma pesquisa realizada na Universidade Kyushu, no Japão, e publicada na revista especializada BMJ Open Diabetes Research and Care mostrou mais um grande benefício do café para a saúde. Após analisar pacientes com diabetes tipo 2, foi constatado que o consumo da bebida reduz os riscos de mortalidade, e que esta redução é proporcional a quantidade ingerida.
Os cientistas acompanharam 4.923 pacientes, com idade média de 66 anos, ao longo de mais de cinco anos. Foram aplicados questionários sobre os hábitos de cada um deles, incluindo perguntas sobre o consumo diário de chá verde e de café, as duas bebidas focadas pelo estudo.
Destes, 994 participantes não ingeriam café. De acordo com as conclusões da pesquisa, entre os que bebiam menos de uma xícara por dia, o risco de morte foi 12% menor do que entre os que não bebiam. Entre aqueles pacientes que tomavam uma xícara por dia, a taxa de mortalidade durante o período foi 19% mais baixa. Já no grupo que ingeria de duas a quatro xícaras de café por dia, a taxa foi de 40%.
Porém, a maior redução no risco de morte nos pacientes diabéticos analisados foi entre os que combinavam o consumo de café e chá verde. Entre aqueles que tomavam quatro ou mais xícaras do chá e entre duas e quatro de café, a taxa de mortalidade foi 63% menor do que os que não ingeriram nenhuma das bebidas.
A pesquisa é observacional. Portanto, não há uma explicação sobre as causas da diminuição no risco de morte. No entanto, os pesquisadores ligam estes números a uma série de propriedades do café, como os mecanismos antioxidantes e anti-inflamatórios da bebida.
O estudo realizado no Japão mostra mais um motivo para consumir café todos os dias. Nos últimos anos, muitas pesquisas estão relacionando a bebida a vários benefícios para a saúde, inclusive alguns inesperados. A proprietária da marca de suplementos Sundt, Katrine Rubaek, relata que isso vem trazendo um novo público para os seus comprimidos: “Muitas pessoas não gostam do gosto do café, mas ficam atraídas por todas as vantagens que a sua composição traz para o corpo. Por isso, a procura pelas cápsulas de cafeína tem crescido em todo o mundo”.
Este não é o primeiro estudo que relaciona o café e a diabetes. Em 2015, uma pesquisa grega apontou que o consumo da bebida pode até ajudar até na prevenção. Ainda assim, muitas pessoas ainda veem a ingestão do café como inimigo na luta contra esta doença, principalmente aqueles que gostam do café com bastante açúcar – aí sim, prejudicial em muitos casos e possível complicador de várias doenças.