Ação, realizada em conjunto pela Polícia Rodoviária Federal, Secretaria do Trabalho e Ministério Público do Trabalho, foi finalizada nesta quinta-feira (23).
23/07/2020 Um operação conjunta realizada por Polícia Rodoviária Federal (PRF), Secretaria do Trabalho e Ministério Público do Trabalho flagrou trabalho escravo em uma fazenda de café em Machado (MG). Foram resgatados do local do local 13 trabalhadores.
De acordo com a PRF, denúncias informavam que havia trabalho em condições equivalentes ao escravo em uma fazenda produtora de café na zona rural da cidade.
Ainda segundo a polícia rodoviária federal, eles exerciam a panha de café sem condições exigidas pela legislação, como, por exemplo, registro na carteira de trabalho, salários retidos, sem equipamento de proteção individual e alojamentos inadequados e insalubres.
De acordo com o auditor do trabalho, Alexandre Scarpelli, em inspeção durante a operação, foram identificadas as irregularidades.
“Fomos ao alojamento desses trabalhadores, onde encontramos uma situação de bastante sujidade, colchões inadequados, falta de roupa de cama adequada às condições climáticas da região. [Além disso] alimentos misturados com roupas e pertences dos trabalhadores. Devido a toda essa situação degradante, de quebra da dignidade do trabalhador, foi declarado como trabalho escravo e foi feito o resgate de 13 trabalhadores no município de Machado”, narrou o auditor do trabalho.
Segundo a PRF, no local estavam os trabalhadores, todos homens maiores de idade, com idades entre 25 e 30 anos, vinte cinco a trinta anos. Eles são moradores da cidade de José Gonçalves de Minas, localizada no norte de minas.
De acordo com a PRF, o alojamento foi interditado e os trabalhadores encaminhados para um hotel em machado, sendo posteriormente levados à cidade de origem. Na tarde desta quinta-feira, eles receberam os acertos trabalhistas, que somados chegam a quantia de R$ 100 mil.
Os trabalhadores resgatados também receberão três parcelas do seguro desempregos. De acordo com a PRF, os proprietários deveram pagar multas trabalhistas e responderão medidas administrativas pertinentes ao caso.
De acordo com a PRF, os proprietários da fazenda deveram pagar multas trabalhistas e responderão medidas administrativas. O escritório de contabilidade representante da fazenda disse que não se pronunciaria sobre o caso e nem os clientes.
Veja a integra da matéria no site G1 https://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/noticia/2020/07/23/operacao-flagra-trabalho-escravo-em-fazenda-de-cafe-e-resgata-servidores-em-machado-mg.ghtml