A ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café vem por meio deste comunicado se posicionar diante do vídeo que está sendo compartilhado nas redes sociais e via Whatsapp propondo um comparativo entre um pó de café puro e um pó de café impuro.
O método de análise sugerido pelo vídeo se trata de uma fake news. Isso porque a metodologia recomendada para a análise da pureza de um café é realizada por microscopia, em laboratório. Destacamos que para verificar a pureza de um café é necessário o uso de técnicas e equipamentos específicos (microscópio, balanças de precisão, capela de exaustão, estufa, etc), além de profissionais microscopistas capacitados tecnicamente. O método de análise recomendado e utilizado pelos laboratórios baseia-se (fundamenta-se) no princípio da extração de gordura do café com solvente orgânico, eliminação do pó fino por peneiração e a determinação por catação pelo uso de microscópio estereoscópico.
O que ocorre nesse vídeo em que o pó de café desce para o fundo do copo tem a ver com o grau de solubilidade, granulometria, densidade, umidade do pó e com a temperatura da água.
Aqui na ABIC, desenvolvemos há mais de 30 anos o Selo de Pureza, por meio do qual já realizamos mais de 90 mil análises e certificamos 1.200 marcas. A análise da pureza atesta se o produto é puro, sem adulteração ou misturas, oferecendo segurança alimentar, qualidade e respeito ao consumidor.
Desde que criamos o Selo de Pureza, possuímos um Comitê de Autofiscalização e Autorregulamentação, com as normas e condições para obtenção do direito ao uso do Selo de Pureza. Coletamos as amostras de café em pontos de venda por auditores independentes e as coletas são codificadas e analisadas em laboratórios credenciados, garantindo total isenção do processo.
Só é fornecida autorização de uso do Selo de Pureza na embalagem aos produtos puros. A lista de empresas com o Selo de Pureza está em nosso site, em https://www.abic.com.br/certificacao/pureza/marcas-autorizadas/. Reforçamos que caso o consumidor tenha alguma dúvida a respeito de determinada marca, que é possível enviar a embalagem com o café para a nossa sede, no Rio de Janeiro, solicitando a análise daquele produto.
A ABIC também gostaria de aproveitar esse cenário de constantes disseminações de Fake News relacionadas ao café e orientar para que as pessoas não repassem adiante conteúdos de cunho duvidoso. Abaixo, compartilhamos um manual criado pela IFLA – Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias (www.ifla.org) com considerações que devem ser avaliadas antes de compartilhar algum conteúdo suspeito.
E também um vídeo do Senado Federal, que pode ser visto aqui, em que são feitas considerações importantes sobre as notícias falsas e a rápida disseminação delas no meio online.