Exportações aceleradas podem levar a estoque menor de café no Brasil

Pesquisadores do Cepea lembram que estimativas do governo dos Estados Unidos para as reservas de passagem foram revisadas para baixo

26 de junho de 2019 | Sem comentários Comércio Exportação

21/06/2019 O Brasil pode ter estoques de passagem da safra 2018/2019 para a 2019/2020 de café menores que as estimativas anteriores, avaliam pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O ritmo acelerado das exportações é visto como o fator determinante para essa situação, de acordo com nota de mercado divulgada nesta semana pela instituição.

No comunicado, o Cepea lembra que, em maio, o volume embarcado de café brasileiro para o exterior foi recorde para o mês, totalizando 3,5 milhões de sacas de 60 quilos e superando abril em 9,3%. Em comparação com maio de 2018, a quantidade exportada dobrou.

Em relação ao estoques, a instituição se baseia em dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Em maio, o órgão do governo americano reduziu a previsão para as reservas brasileiras para 3,8 milhões de sacas. A primeira estimativa para o final do ciclo 2018/2019 era de 6,8 milhões de sacas.

“A redução dos estoques será refletida especialmente em 2019/20. Com a menor produção esperada, devido, especialmente, à bienalidade negativa, e com as expectativas de que o consumo siga em alta e os embarques, em bons níveis, a oferta pode ser limitada”, dizem os pesquisadores do Cepea, na nota.

Enquanto o cenário não se confirma, o mercado brasileiro mantém a trajetória de queda neste mês, acompanhando o cenário global. A referência do Cepea para o café arábica, com base em São Paulo, acumula desvalorização de 4,88% até a quarta-feira (19/6), quando fechou em R$ 397,42 a saca de 60 quilos. Foi o segundo dia de junho com a referência abaixo de R$ 400 a saca.

No robusta, com base no Espírito Santo, principal produtor da variedade no Brasil, a queda acumulada no indicador é de 7,05% em junho. Na quarta-feira (19/6), a cotação média foi de R$ 278,22.

POR REDAÇÃO GLOBO RURAL

Fonte : GLOBO RURAL

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