Exportações de café solúvel do Brasil voltam a crescer em maio

No acumulado do ano até maio, embarques somam 1,5 milhão de sacas. Para a Abics, o próximo desafio ao segmento é a evolução no mercado interno

12 de junho de 2019 | Sem comentários Comércio Exportação

As exportações brasileiras de café solúvel totalizaram 326.172 sacas de 60 kg em maio, apresentando significante crescimento de 35,18% na comparação com o mesmo mês de 2018 e sinalizando a recuperação dos embarques do segmento no ano, segundo informa a Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics).

"Em volume, as remessas apresentaram resultados excelentes no primeiro bimestre, mas fraco desempenho no segundo. O mês de maio, porém, foi de ótima performance, que proporcionou uma alta de 8,42% no acumulado dos cinco primeiros meses do ano na comparação com o volume exportado de janeiro a maio do ano passado. A soma apresenta embarques de 1,5 milhão de sacas de solúvel nesses cinco meses de 2019, que foram enviadas a 94 países", analisa o diretor de Relações Institucionais da entidade, Aguinaldo Lima.

Segundo ele, mantido o bom desempenho das exportações, a meta de crescimento de volume, prevista pelas indústrias em 5% para este ano, será atingida com certa folga. "Isso significa que o café solúvel do Brasil vem ganhando espaço de concorrentes e atendendo à demanda de crescimento do consumo mundial dessa bebida no mundo, que é próximo de 3% ao ano, sendo a Ásia o destaque dessa evolução", explica.

A receita obtida com os embarques de café solúvel em maio, conforme a Abics, foi de US$ 47,6 milhões, representando um incremento de 21,49% na comparação com o quinto mês de 2018 e elevando o ingresso de divisas no Brasil com a exportação do segmento para US$ 220,1 milhões no acumulado dos cinco meses de 2019.

Para potencializar esse desempenho e consolidar ainda mais a liderança do Brasil nas exportações, que atualmente somam mais de US$ 600 milhões ao ano, a Abics deposita grande esperança na conclusão do acordo entre União Europeia e Mercosul, que significará a retirada de 9% de tarifa cobrada na importação do solúvel brasileiro.

“Esse fato proporcionará igualdade na competição com países concorrentes que já possuem acordos comerciais com os europeus”, interpreta Lima, que recorda que a União Europeia é o segundo principal destino das exportações de solúvel brasileiro.

MERCADO INTERNO
Outra aposta da Abics para a contínua evolução do setor é o crescimento no mercado interno, seguindo a onda de novidades que vem sendo apresentadas, com as mais variadas opções para agradar os consumidores. Nesse sentido, a Abics e a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) têm atuado em conjunto em uma série de ações de cooperação, com a parceria das indústrias de café solúvel com as de torrefação do país que possuem marcas próprias de solúvel.

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