Pesquisa realizada pela illycaffè discute contribuição de fungos do café para identificação de terroir

Desenvolvido pela Experimental Agrícola do Brasil e o Instituto de Tecnologia de Alimentos, estudo foi apresentado nos Estados Unidos

Além dos fatores como a altitude, o solo e o microclima, poderia a micobiota (o conjunto de fungos que habitam um ecossistema) também contribuir para a identificação de uma região terroir de café? Esse é um dos questionamentos que compõem a conclusão de um estudo inovador, apresentado recentemente por pesquisadores da Experimental Agrícola do Brasil e do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) na 27ª Conferência Internacional da ASIC (Association for Science and Information on Coffee), em Portland, Estados Unidos, no dia 17 de setembro. A Experimental é sócia da illycaffè no Brasil, sendo a responsável pela análise e compra dos cafés de alta qualidade diretamente dos produtores e a exportação dos mesmos para a sede na Itália.

Intitulada “Influência da micobiota do café de diferentes regiões do Brasil na bebida: estas regiões podem ser consideradas terroir?”, a pesquisa teve três objetivos: analisar a infecção fúngica de amostras de café beneficiados obtidos de diferentes regiões do Brasil, identificar os tipos de fungos isolados no âmbito de gênero/espécie, e relacionar a ocorrência de espécies fúngicas com as características sensoriais da bebida no espresso.

A análise micológica e as provas de xícara (infuso, diluído do espresso e espresso) permitiram identificar fungos que podem afetar tanto positivamente quanto negativamente a qualidade da bebida. Determinadas espécies tiveram maior ocorrência verificada em bebidas com avaliação negativa, enquanto que outras apareceram nas amostras de regiões com características positivas de bebida. Os cafés analisados e classificados com características positivas na qualidade da bebida vieram de regiões com características particulares como microclima, solo e microbiota.

As regiões de origem dos cafés foram Minas Gerais (nas subregiões do Cerrado Mineiro, Chapada de Minas, Matas de Minas e Sul de Minas), São Paulo, Espírito Santo e Goiás. Assinam o trabalho os pesquisadores Aldir Teixeira, Regina Teixeira, Márcio Reis, Luca Turello, Josiane Bueno e Marta Taniwaki. Mais amostras de cafés estão sendo analisadas a fim de se obter resultados mais conclusivos destas regiões.

Sobre a illycaffè        
A illycaffè (http://illy.com.br/) é uma empresa familiar italiana, fundada em Trieste em 1933, comprometida em oferecer o melhor café do mundo. É a marca de café mais global, produzindo um único blend de café espresso 100% arábica, com grãos provenientes de 9 países fornecedores, sendo o Brasil o principal. São consumidas mais de 7 milhões de xícaras de café illy por dia, em cafeterias, restaurantes, hotéis, escritórios e residências de mais de 140 países. Precursora do espresso, a illycaffè é considerada líder em ciência e tecnologia do café graças a três radicais inovações. Ao promover o primeiro Prêmio Ernesto Illy de Qualidade Sustentável do Café para Espresso, no Brasil em 1991, também foi pioneira na compra direta dos fornecedores, compartilhando know-how e pagando preços acima do mercado para quem atinge seus padrões de qualidade, em parcerias sustentadas pelos princípios do desenvolvimento sustentável. Com o objetivo de difundir a cultura do café, fundou a Università del Caffè, um centro educacional de excelência que oferece treinamento teórico e prático em todos os aspectos do café para cafeicultores, baristas, equipes de lojas de café e amantes da bebida. Tudo que é “made in illy” é realçado pela beleza e a arte, representando os valores fundamentais da marca, a começar pelo seu logo, como são as mais de 100 xícaras da renomada illy Art Collection, desenhadas por artistas internacionais. A illycaffè empregava 1.290 pessoas globalmente em 2017, quando registrou receitas consolidadas de 467 milhões de euros.

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