3ª estimativa da Conab para safra de café prevê recorde de 59,9 mi de sacas

Da totalidade estimada na atual previsão, 45,9 milhões de sacas são do café arábica, que teve um aumento de 34,1%. Já o café conilon, com menor volume, deverá alcançar 14 milhões de sacas, o que representa um aumento de 30,3%.

São Paulo, 18 – A produção brasileira de café em 2018 deve alcançar recorde de 59,9 milhões de sacas de 60 kg, o que corresponde a um aumento de 33,2% em comparação com a safra de 2017, que foi de 44,97 milhões de sacas. O número faz parte do 3º levantamento da safra 2018 de café da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira, 18. O resultado representa, ainda, um aumento de 3,3% (1,9 milhão de sacas a mais) em relação à segunda estimativa, de 17 maio, quando a Conab já projetava a safra 2018 em recorde de 58 milhões de sacas.

Da totalidade estimada na atual previsão, 45,9 milhões de sacas são do café arábica, que teve um aumento de 34,1%. Já o café conilon, com menor volume, deverá alcançar 14 milhões de sacas, o que representa um aumento de 30,3%. 

De acordo com o estudo, a bienalidade positiva (o café alterna ano de safra baixa, seguido de outro de safra alta) e as boas condições climáticas são as principais responsáveis pelos bons resultados. Além disso, o avanço da tecnologia no setor contribuiu para elevar a produtividade das lavouras.

A Conab esclarece em comunicado que o período mais recente de alta bienalidade ocorreu em 2016, quando o Brasil teve uma produção de 51,4 milhões de sacas que foi considerada, até então, a maior safra do grão no País, superada agora por esse recorde deste ano.

Minas Gerais continua como o maior Estado produtor de café, com 31,9 milhões de sacas, das quais 31,6 milhões de sacas de arábica e 218,3 mil sacas de conilon. No sul de Minas, principal região produtora de Minas, o ganho da área e de produtividade refletem numa produção superior à safra anterior em 21,9%, conforme a Conab.

No Espírito Santo, a produção deve atingir 13,5 milhões de sacas, com 8,8 milhões de sacas para conilon e 4,7 milhões de sacas para arábica. A Conab informa que "as boas condições climáticas proporcionaram boas floradas nas duas espécies, arábica e conilon, aliadas ao ano de alta bienalidade no arábica e à excelente recuperação nas lavouras de conilon".

Em São Paulo, terceiro maior produtor nacional, a produção é exclusivamente de café arábica e o volume produzido deve atingir 6,2 milhões de sacas. Outro Estado que apresentou bons resultados foi a Bahia, com produção de 2,9 milhões de sacas de conilon e 1,9 milhão de sacas de arábica.

Rondônia também registrou bons resultados: produção de 1,9 milhão de sacas. Segundo a Conab, o maior investimento na cultura elevou a produtividade, que nos últimos 6 anos passou de 10,8 sacas por hectare em 2012 para expressivas 30,9 sacas na safra atual.

Área total

A área total engloba os cafezais em formação e em produção em todo o País e deve alcançar 2,16 milhões de hectares, sendo 294,4 mil para o café em formação e 1,86 milhão de hectares para o que está em produção.

Segundo a Conab, a cafeicultura nacional nesta safra tem uma projeção de redução de área total na ordem de 2,3% quando comparada à temporada anterior. "A maior parte dessa diminuição advém das áreas em formação, que saíram de 344,8 mil hectares em 2017, para 294,4 mil hectares em 2018 (decréscimo de 14,6%)". 

Já as áreas em produção tendem a se manter próximas nesse mesmo comparativo, com expectativa de destinação de 1.862,1 mil hectares na presente safra. 

Fonte: Q10/Estadão Conteúdo

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