Nestlé inicia construção de fábrica na BA
Salvador, 6 de Junho de 2006 – Com 13% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, o equivalente a R$ 240 bilhões, e abrigando 28% da população brasileira, cerca de 42 milhões de pessoas, o Nordeste é a região que mais cresce no País no consumo de alimentos e bebidas. No ano passado, de acordo com pesquisa da ACNielsen, enquanto o incremento médio de 157 produtos desses setores foi de 4,8% no mercado nacional, no nordestino alcançou 12,2%. Indicadores como esses impulsionaram a suíça Nestlé a construir sua segunda fábrica baiana, em Feira de Santana, a 110 quilômetros de Salvador, cuja pedra fundamental foi lançada ontem.
Com investimento de cerca de R$ 100 milhões, a unidade começa a ser construída dentro do projeto de regionalização que a companhia iniciou há dois anos para atender ao aumento da demanda do mercado nordestino por produtos da empresa. De acordo com o presidente da Nestlé no Brasil, Ivan Zurita, em 2005 houve um aumento real de 15% nas vendas da companhia na região. “O resultado foi mais que o dobro em comparação a outras regiões do País”, disse Zurita, durante a solenidade inaugural das obras, da qual participaram o governador da Bahia, Paulo Souto, e o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo.
Para Zurita, além do aumento de poder de compra do povo nordestino, o crescimento das vendas é reflexo do investimento que a empresa tem feito para aumentar sua presença na região. A nova fábrica tem capacidade inicial de produção de 50 mil toneladas anuais. As operações começam em novembro próximo com a fabricação de massas lámen e o envase de bebidas achocolatadas, cereais e café solúvel. Futuramente a meta é produzir em Feira de Santana também cereais, bebidas achocolatadas, sorvetes, iogurtes, biscoitos, sopas e caldos.
O empreendimento deve gerar 2.250 empregos diretos e indiretos. Além de movimentar a cadeia produtiva da região, a nova fábrica e o novo centro de distribuição, que também está sendo construído no local, vão possibilitar uma arrecadação inicial de cerca de R$ 25 milhões em tributos municipais e estaduais.
Localizada no Centro Industrial de Subaé (CIS), a expansão da unidade fabril já está em estudos e deverá ser concluída em duas fases futuras. “Consideramos o Nordeste uma região estratégica em nossos planos de crescimento”, disse Zurita.
Meio ambiente
A produção da nova fábrica será absorvida pelos mercados do Norte e Nordeste do País. O executivo informou que 75% do maquinário a ser utilizado nas linhas de produção e envase foram adquiridos no Brasil. “O empreendimento contará com fornecedores locais de serviços de segurança, alimentação e limpeza”, disse. Zurita destacou ainda que unidade terá uma área de tratamento de efluentes, caldeira para combustão à base de gás natural e programas internos de reciclagem de materiais.
Líder na maioria das categorias em que atua, a Nestlé está presente no Brasil desde 1921, onde mantém 26 unidades fabris. Além da Bahia, a empresa tem fábricas em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás e Espírito Santo, gerando mais de 16 mil empregos diretos e outros 220 mil indiretos. A Nestlé é a maior captadora de leite do País e está entre as maiores compradoras de café, açúcar, cacau e materiais de embalagem.