Cresce a exportação de conilon, 527,6% no ano
O Brasil exportou em julho um total de 2,3 milhões de sacas de café, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído, registrando crescimento de 24,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o país exportou 1,8 milhão de sacas. A receita cambial também apresentou aumento, de 10,8% em relação ao mês de 2017, chegando a US$ 337,2 milhões.
Entre as variedades embarcadas no mês, o café arábica se manteve na liderança de café exportado, representando 71,7% do volume total de exportações (1,7 milhão de sacas).
Na sequência, o café conilon representou 15,8% (367 mil sacas) das exportações, batendo recorde entre os meses deste ano e demonstrando uma grande recuperação da variedade que fora prejudicada pela forte estiagem ocorrida no Espírito Santo em 2015/16. Em seguida, vem o café solúvel, com participação de 12,5% (291 mil sacas) nas exportações do mês.
No acumulado do ano civil (de janeiro a julho de 2018), o Brasil registrou um total de 16,9 milhões de sacas exportadas, queda de 0,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita cambial também apresentou um declínio, de 10,9%, alcançando US$ 2,6 bilhões.
Aqui também vale destacar o café conilon, cujo volume de exportação registrou crescimento de 527,6% em relação ao mesmo período de 2017 (de 138.970 para 872.123 sacas exportadas neste ano), além de apresentar aumento também em relação ao ano de 2016.
“Apesar dos problemas observados na movimentação de carga nos portos e navios, que influenciaram os embarques de café no mês de julho, os resultados foram positivos e se mostraram acima do esperado. Destaca-se as exportações do café conilon, sinalizando uma boa safra nesse novo ano cafeeiro 2018/19. Importante também ressaltar que no primeiro mês desta nova safra, ainda em fase da colheita, já registramos bons números, como 2,03 milhões de sacas de café verde e 291 mil sacas de solúvel, com perspectivas de relevante recuperação para os próximos meses. Portanto, as exportações brasileiras indicam uma tendência positiva em termos de quantidade, graças ao bom trabalho dos produtores e ao clima, além da eficiente estrutura logística do comércio exportador de café. Vale lembrar também que há um reconhecimento constante da qualidade do café brasileiro”, declara Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
Principais destinos
No ano civil, EUA, Alemanha e Itália seguem ocupando, respectivamente, os três primeiros lugares no ranking dos principais destinos do café brasileiro. Os EUA importaram 2,9 milhões de sacas de café de janeiro a julho deste ano (17,2% do volume total exportado no período); a Alemanha importou 2,7 milhões (15,9%); e a Itália, 1,5 milhão (9,1%).
Na sequência estão: Japão, com 7% (1,2 milhão de sacas); Bélgica, com 6% (1 milhão de sacas); Reino Unido, com 4,2% (708 mil sacas); Turquia, com 3,1% (531 mil sacas); Federação Russa, com 2,8% (482 mil sacas); Canadá, com 2,6% (440 mil sacas); e França, com 2,4% (405 mil sacas).
Aqui vale destacar o Reino Unido, que, comparado ao ano civil de 2017, apresentou um crescimento de 104,6% no consumo de café brasileiro. Outros países que também registraram aumentos no consumo comparando os mesmos períodos foram Canadá (crescimento de 4,63%); Itália (1,70%) e Bélgica (0,05%).
Diferenciados
Em relação aos cafés diferenciados, no ano civil, o Brasil exportou 2,8 milhões sacas, uma participação de 16,7% no total do café exportado, e 20,4% da receita. Em relação ao mesmo período de 2017, o volume representou um crescimento de 10,4%.
Os principais destinos no período foram: Estados Unidos, responsável por 21,3% (603,1 mil sacas); seguido pela Alemanha, com 13,9% (393 mil sacas); Bélgica, com 13,8% (391,3 mil sacas); Japão, com 8,5% (239,5 mil sacas); Reino Unido, com 6,2% (175 mil sacas) e Itália, com 5,4% (152,4 mil sacas)
Preços
Em julho, o preço médio foi de US$ 144,96/saca, um decréscimo de 10,8% na comparação com julho de 2017, quando a média era de US$ 164,42.
Portos
O Porto de Santos se manteve na liderança da maior parte das exportações no ano civil, com 83% (14 milhões sacas). O Porto do Rio de Janeiro aparece na sequência, com 10,8% dos embarques (1,8 milhões de sacas).