A comercialização da safra de café do Brasil 2018/19 (julho/junho) chegou a 24% até o dia 18 de junho
Porto Alegre, 22 de junho de 2018 – O dado faz parte de levantamento de SAFRAS & Mercado. No último mês, a comercialização avançou em nove pontos percentuais.
As vendas estão avançadas em relação ao ano, quando 20% da safra 2017/18 estava comercializada até então. A comercialização também está à frente da média dos últimos 5 anos, que é de 22% para esta época.
Com isso, já foram comercializadas 14,79 milhões de sacas de 60 quilos, tomando-se por base a estimativa de SAFRAS & Mercado, de uma safra 2018/19 de café brasileira de 60,5 milhões de sacas.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, a comercialização de café andou bem no último mês, com o produtor aproveitando a firmeza do dólar para fechar posições com a safra nova. “É verdade que o atraso na colheita tirou um pouco de fluidez dos negócios, evitando uma performance comercial ainda melhor. Mas o fato é que a puxada nas cotações em reais acabou estimulando os negócios e garantindo uma boa fluidez comercial na entrada da safra”, indicou.
No caso do arábica, o produtor vendeu 25% da safra, um percentual acima de igual época do ano passado (20%) e também superior à média para o período do ano (22%). Já a comercialização de conilon alcança 24% da safra, contra 18% de igual período do ano passado e 21% de média para o período.
Colheita
Já a colheita de café da safra brasileira 2018/19 foi indicada em 31% até 19 de junho, segundo SAFRAS & Mercado. A colheita segue atrasada. Na semana anterior a colheita estava em 25%.
Tomando por base a estimativa de SAFRAS para a produção de café do Brasil em 2018, de 60,5 milhões de sacas de 60 quilos, é apontado que foram colhidas 18,88 milhões de sacas até o dia 19. Em igual período do ano passado, a colheita estava em 37%, e na média dos últimos 5 anos para o período em 39%.
Gil Barabach diz que a colheita da safra 2018/19 no Brasil ganhou um pouco mais ritmo, mas continua atrasada. “O atraso é mais gritante no caso do conilon, por conta da maturação tardia no Espírito Santo, que teve seu ciclo adiado em 2 a 3 semanas, por conta de chuvas entre abril e maio”, apontou.
A colheita de arábica alcança 25% da safra, contra 30% em igual época do ano passado e 27% para média do período. Já os trabalhos com conilon seguem bem atrasados, com colheita girando em torno de 49% da safra projetada, contra 63% no ano passado e 74% de média.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS