Trabalho das entidades do agro junto ao Governo possibilita prorrogação do prazo para adesão ao PRR do Funrural

Trabalho das entidades do agro junto ao Governo possibilita prorrogação do prazo para adesão ao PRR do Funrural

30 de maio de 2018 | Sem comentários Comércio Cooperativas
Por: BALANÇO SEMANAL — 28 a 30/05/2018

 
 
FUNRURAL — O trabalho do CNC e das demais entidades da agropecuária nacional, reunidas no âmbito do Instituto Pensar Agro (IPA), junto ao Governo Federal surtiu efeito positivo no que se refere à prorrogação do prazo para adesão ao Programa de Regularização Tributária Rural (PRR), que refinancia a dívida de produtores com o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural).
 
Com a publicação da Medida Provisória 834/2018, no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 30 de maio, o prazo foi ampliado para o dia 30 de outubro deste ano, ante a data anterior, que expirava hoje.
 
De acordo com o presidente do CNC, deputado Silas Brasileiro, a extensão do prazo é uma vitória para o setor e possibilitará que o produtor regularize seu cenário com maior segurança jurídica, pois possuirá mais tempo para a realização de todos os trâmites, dentro de um escopo que gera condições especiais de pagamento, redução de juros, encargos e multas.
 
Assim como o entendimento do IPA, cremos que se destacam na Lei 13.606/18 itens como: (i) redução de 100% nas multas e encargos legais; (ii) cobrança em cascata, com o produtor podendo pagar o imposto em várias etapas; e (iii) redução da alíquota de 2,5% para 1,7% aos produtores rurais Pessoa Jurídica.
 
QUESTÕES TRABALHISTAS — Nesta semana, causou surpresa e indignação uma decisão do Comitê de Peritos da Organização Internacional do Trabalho (OIT) tomada durante a 107ª Conferência da entidade, em Genebra, na Suíça. O Brasil foi inserido como o 15º país na lista curta das nações que serão investigadas por não respeitarem os direitos trabalhistas.
 
A alegação dos peritos para inclusão do Brasil na “short list” foi pelo fato de o país supostamente ter problemas relacionados ao cumprimento dos termos da Convenção nº 98, que se refere a direito de sindicalização e negociação coletiva, com a aprovação da Reforma Trabalhista.
 
O CNC discorda e repudia completamente a equivocada decisão adotada pelo Comitê de Peritos e desconfia que entidades enviesadas ou com interesses político-partidários, as quais, em tese, atuam em defesa dos trabalhadores, possam ter interferido diretamente nessa deliberação.
 
A preterição do CNC em relação à referida decisão também se embasa no fato de a Reforma Trabalhista — ao contrário do especulado na Conferência da OIT — permitir que o país amplie os temas que podem ser objeto de negociação entre trabalhadores e empregadores.
 
RENOVAÇÃO NA COLÔMBIA — Há tempos, a Colômbia iniciou um processo de renovação de seus cafezais e vem contando com apoio de diversas frentes para o financiamento, como o recém-anunciado repasse de US$ 13,5 milhões do Governo Federal e o suporte que a illycaffè vem dando em assistência técnica e na garantia de compra dos cafés produzidos por ex-combatentes das Farc.
 
Além da renovação das árvores, as iniciativas visam a melhorar a produtividade, por meio de variedades mais resistentes a pragas, doenças e adversidades climáticas, e, principalmente, a qualidade do café colombiano.
 
Diante desse cenário, entendemos que é necessário os produtores do Brasil se atentarem, cada vez mais, à gestão de suas lavouras e à qualidade do café produzido, de maneira que permaneçamos competitivos e preservemos ou ampliemos nossa fatia de mercado.
 
Ao mesmo tempo, seguiremos desenvolvendo nossos trabalhos, no Brasil e internacionalmente, para que toda e qualquer iniciativa de aumento de produção esteja obrigatoriamente atrelada a ações de elevação do consumo da bebida.
 
Nesse sentido, está em vias de ser confirmada a realização do 2º Fórum Mundial de Produtores de Café, em 2019, no Brasil. Como realizadores, conduziremos os debates para que o mundo cafeeiro, em especial os países importadores, que cada vez mais demandam responsabilidade sustentável aos produtores, comprometam-se em trabalhar na ampliação do consumo da bebida e paguem o valor justo pelos cafés sustentáveis cultivados respeitando o meio ambiente e o social.
 
Atenciosamente,
 
Deputado Silas Brasileiro
Presidente Executivo

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