Descobertas: a pesquisadora Bettina descobriu uma proteína que estimula receptores de cheiro existentes nos neurônios | |||||||
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cheiro |
responsáveis pelo olfato ajudarão a tratar quem não sente aromas |
Por Lena Castellón |
Um estudo da Universidade de São Paulo, divulgado pela revista da Academia
Americana de Ciências, sinaliza que há esperança para as pessoas que sofrem com
a falta de percepção dos aromas. Pesquisadores do Instituto de Química
demonstraram que uma proteína, a Ric-8B, estimula os receptores de cheiro
localizados nos neurônios distribuídos na porção superior do nariz. As
partículas com odor se encaixam nessas estruturas, permitindo o reconhecimento
do aroma. A equipe desenvolveu o trabalho em receptores de olfato de camundongos
(que chegam a mil, enquanto no homem são 380). Agora, serão estudados receptores
humanos por meio de células cultivadas em laboratório. Os pesquisadores usarão a
proteína para facilitar o processo de ligação das partículas cheirosas. Com
isso, pretendem descobrir quais receptores são ativados pelos aromas. Equivale a
encontrar as chaves que servem para cada porta que forma a “biblioteca” de dez
mil aromas dos seres humanos.
O achado é importante para compreender os mecanismos que permitem identificar
os cheiros, um processo ainda não totalmente desvendado. A perda do olfato
interfere diretamente na qualidade de vida. Não captar um perfume ou o gostoso
cheiro de café são situações que deprimem. E não sentir o vazamento de gás de
cozinha, por exemplo, é um sério risco. “Muitas pessoas se queixam de anosmia”,
diz a bioquímica Bettina Malnic, responsável pelo estudo. Ela se refere ao nome
que se dá à incapacidade de perceber odores. Não há estimativas que apontem
quantos indivíduos estão nesse quadro, que surge sem causa aparente ou por
razões variadas, como tumores e lesões nas estruturas olfativas.
Fonte: http://www.terra.com.br/istoe/1911/medicina/1911_segredos_do_cheiro.htm