Executivos da Nespresso visitam a Região do Cerrado Mineiro e conhecem área piloto do Consórcio Cerrado das Águas

A água de hoje é fruto da paisagem que construímos.

É com este lema que o Consórcio Cerrado das Águas está desenvolvendo um projeto piloto na Região do Cerrado Minero, mais especificamente na bacia do córrego Feio, município de Patrocínio – destaque como maior produtor de café do Brasil.

O Consórcio Cerrado das Águas visa mobilizar atores de diferentes naturezas
(governo, sociedade civil, academia e setor privado) para que estes dividam a
responsabilidade na construção de paisagens sustentáveis produtivas. Neste
contexto, essa plataforma multisetorial funciona como um catalisador de ações
de conservação, para garantir a manutenção dos serviços ecossistêmicos dos
quais não somente a sociedade, mas também as cadeias produtivas do
Cerrado dependem.


Hoje o Consórcio busca garantir a manutenção da provisão dos recursos
hídricos em sua área piloto, a bacia córrego Feio em Patrocínio. No futuro, a
iniciativa deverá ser levada a outras bacias a fim de, engajar novas cadeias
produtivas na conservação do capital natural considerado crucial para a sua
sobrevivência.


No último dia 23 de março, diversos membros do Consórcio Cerrado das
Águas estiveram em Patrocínio, entre eles Paulo Barone, Gerente de
Operações do Programa AAA Sustainable Quality, Daniel Weston – Diretor
jurídico, Sustentabilidade e Comunicações Corporativas e Guilherme Amado –
Gerente de Projetos de Café Verde, todos da Nespresso. Também estiveram
na cidade Anke Salzmann, da IUCN; Eduardo Trevisan e Oséias Mendes, do
Imaflora; Natália Leão, do Departamento de Sustentabilidade da Expocaccer,
Gustavo Guimarães e José Márcio de Sousa da Federação dos Cafeicultores
do Cerrado e Fabiane Sebaio, da ONG CerVivo.

A Federação dos Cafeicultores do Cerrado, enquanto Secretaria Executiva do
Consórcio, preparou um roteiro de visita com foco na bacia do Córrego Feio.
Nas suas margens foi plantada a “planta fundamental” do Consórcio
simbolizando as ações de revitalização que ele irá imprimir visando a produção
de água e conservação da bacia. A árvore escolhida foi o Ipê Amarelo, também
conhecido como Ipê-do- Cerrado, nativa deste bioma, a flor do Ipê é
considerada como a flor nacional do Brasil.

A bióloga da ONG CerVivo, Fabiane Sebaio coordenou uma visita ao longo da
bacia, destacando as áreas com maior necessidade de atuação por parte do
Consórcio. Segundo Sebaio, muitos produtores que tem suas propriedades
dentro da bacia, já tem manifestado interesse em desenvolver ações de


preservação ou reconstrução do bioma – um posicionamento fundamental
diante da realidade de que 40% dos brasileiros dependem da água produzida
no Cerrado.

Após a visita à bacia, os integrantes foram até a Federação dos Cafeicultores
do Cerrado, entidade gestora da Denominação de Origem Região do Cerrado
Mineiro. Os representantes da Federação apresentaram aos executivos da
Nespresso e demais representantes do Consórcio Cerrado das Águas, mais
informações sobre a Região do Cerrado Mineiro, única Denominação de
Origem para cafés no Brasil, bem como é realizado o processo de certificação
de Origem e Qualidade dos cafés.

Eduardo Trevisan do Imaflora – Instituto de Manejo e Certificação Florestal e
Agrícola – apresentou os primeiros resultados do mapeamento que está sendo
feito na área, umas das ações previstas pelo Consórcio. Segundo ele, após a
conclusão do mapeamento, serão elencadas as medidas que deverão ser
tomadas para cada situação encontrada. “Sabemos que em algumas áreas não
será necessária a restauração de vegetação, apenas um cercamento das
nascentes já será suficiente para aumentar a produção de água” – explicou
Trevisan.

A cafeicultura do Cerrado Mineiro é uma das mais tecnificadas do Brasil. São
210 mil hectares de café e cerca de 50% dessa área possui alguma certificação
por padrões de sustentabilidade. Além disso, o Cerrado Mineiro é responsável
por cerca de 12% da produção nacional de café, sendo por isso, uma região de
fundamental importância para a cafeicultura do Brasil. Segundo dados da
Federação dos Cafeicultores do Cerrado, cerca de 90 mil hectares dentro da
área demarcada são irrigados. Ainda conforme a entidade gestora da
Denominação de Origem Região do Cerrado Mineiro, no início da prática de
irrigação, na década de 1990, eram necessários 3 mil litros de água por
hectare. Hoje, graças ao emprego de tecnologias, esse número caiu em mais
de um terço, variando de 800 a 1.000 litros de água por hectare.

O Consórcio Cerrado das Águas é visto como fundamental para a Região do
Cerrado Mineiro, segundo sua entidade gestora. “O Consórcio Cerrado das
Águas hoje faz parte do Plano de Desenvolvimento, Sustentabilidade e
Promoção da Região do Cerrado Mineiro onde estamos juntos aos demais
membros nesta iniciativa de construir paisagens produtivas sustentáveis no
Cerrado Mineiro, colaborando para a manutenção da produção das cadeias
produtivas da região, hoje com grande enfoque na cafeicultura, em equilíbrio
com a produção de água” – explicou Juliano Tarabal, Superintendente da
Federação dos Cafeicultores do Cerrado.


O Cerrado Mineiro é também uma das grandes regiões produtoras estratégicas
para a Nespresso. “Desde 2005, temos trabalhado na Região do Cerrado
Mineiro com o Programa AAA, auxiliando os produtores de café a melhorarem
as condições de qualidade, sustentabilidade e produtividade nas fazendas. O
Consórcio Cerrado das Águas foi o nosso primeiro projeto focado numa
abordagem por paisagem e inclusão de outros atores para ampliação dos
impactos positivos na região”, afirma Guilherme Amado, Gerente de café verde
da empresa.


São membros do Consórcio Cerrado das Águas a Federação dos Cafeicultores
do Cerrado, Nespresso, IUCN, Imaflora, UTZ Certified, Unicerp, Daepa, ONG
Cervivo, Cooxupé e Instituto Ipê.

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