O cafezinho está ficando cada vez mais sofisticado.
Degustar um expresso ou um café com sabor diferenciado já faz da vida de muitas
pessoas, que estão descobrindo que, como o vinho, nem todos os cafés são iguais.
Existem diferentes tipos, aromas, gostos e blends (misturas de grãos).
Nas prateleiras de supermercados e lojas especializadas já é possível
encontrar cafés aromatizados, descafeinados, orgânicos e mais três tipos:
tradicional, superior e gourmet que se diferenciam pelo tipo de grão utilizado
para compor o pó e a torrefação.
Mesmo sendo mais caros, os cafés superiores e gourmets têm ampliado sua
participação no mercado. De acordo com levantamento quinzenal feito pelo
Sindicafesp, os cafés especiais representam 21% de todos os tipos de café
consumidos em 14 estabelecimentos comerciais da Grande São Paulo. Estima-se que
o consumo do especial aumente aproximadamente 15% ao ano.
A BSCA (Associação Brasileira de Cafés Especiais), juntamente ao Centro de Preparação de Café, fornece um selo de certificação a
produtores que cumprem normas rígidas de produção, do plantio à embalagem.
Mais de 40 empresas produzem o tipo café gourmet no país, mas apenas três
(Astro, Spress e Cafeera) receberam o selo da BSCA. O produto nacional não fica
atrás das grifes importadas Illycaffè e Lavazza, cujo “blend” é
composto por cerca de dois terços de café nobre brasileiro.
O aumento no hábito brasileiro em de beber café expresso está aliado a
mudança de postura do consumidor em busca por uma especialização na preparação
do café.
O cuidado com o preparo, até mesmo em casa é tão importante quanto o tipo de
café utilizado e a maneira como o pó foi produzido. No caso do café expresso, a
xícara deve estar preaquecida, ter fundo ovalado para que a pessoa sinta o sabor
do início ao fim e o creme do café deve ter cor de avelã.