Incertezas sobre o pegamento da florada e exportações brasileiras abaixo da média devem refletir nos preços do café em NY – Recuperação ainda é lenta e preços do café no Brasil estão muito abaixo do desejado pelo produtor
10/10/2017 Confira a entrevista com Eduardo Carvalhaes –
Escritório Carvalhaes
No destaque de hoje, o Notícias Agrícolas trouxe imagens das floradas de
café Brasil afora. Entretanto, Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes, em
Santos (SP), chama atenção para o fato de que uma grande quantidade de flores
expostas na lavoura pode indicar que ela possui menos folhas – o que é
prejudicial para a produção final.
Segundo agrônomos ouvidos por Carvalhaes, a ideia de uma safra recorde no
próximo ano já não é mais forte. A safra de ciclo cheio virá, mas com todos os
cuidados necessários em termos de adubação e defensivos, além de uma ajuda do
clima.
Hoje, o Cecafé divulgou os números dos embarques de setembro, que ficaram
abaixo dos números de agosto. Com isso, o ano deve encerrar com menos de 31
milhões de sacas embarcadas. Contudo, entre outubro, novembro e dezembro, o
natural é que haja um pico de embarques brasileiros.
Ele não acredita que o Brasil esteja perdendo seu market share e atribui a
redução das vendas aos preços ruins, que não refletem o custo de produção e
também à quebra da safra em função da seca.
Para Carvalhaes, “o clima não está ruim somente no Brasil” e a produtividade
brasileira é acima da média mundial. Por outro lado, Nova York, que trabalha em
cima do curto prazo, ainda não reflete a realidade da safra brasileira em seus
números.
Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta
Fonte: Notícias Agrícolas