Coordenadas pela Abic, indústrias investem na melhoria dos cafés oferecidos no País para o aumento do consumo |
Os investimentos com a melhoria da qualidade do café brasileiro não são recentes. Segundo a Abic, desde a época de sua criação, em 1973, a entidade tem como desafio conseguir a melhor qualidade, a garantia da pureza, o aumento de consumo e preço justo para o produto. Segundo o diretor da entidade, Nathan Herszkowicz, uma pesquisa realizada em 1988 mostrou um dado preocupante: 67% dos brasileiros acreditavam que café puro era apenas o exportado. Para o consumo interno, o produto que ficava era sempre fraudado. Na mesma época uma nova pesquisa avaliou os problemas das indústrias em todo o País, o resultado também foi preocupante, pois mostrava uma indústria tecnologicamente superada. Esses dois trabalhos foram a base para o lançamento, em 1989, da primeira ação para resgatar a credibilidade do café brasileiro, o Programa Permanente de Controle da Pureza de Café, em que as embalagens de café receberam o Selo de Pureza. Em 2004, mais uma ação foi instalada, o Programa de Qualidade do Café. Uma das finalidades do programa é informar a qualidade do café que está sendo vendido, além de permitir que o consumidor identifique o tipo de grão utilizado por cada marca e com isso escolher o sabor que mais agrada, explica Herszkowicz. Mas as ações pelo esclarecimetno do consumidor não param por aí. Em abril deste ano durante a realização de uma feira de supermercados, a Mercosuper, a Abic lançou mais uma novidade, junto ao selo de qualidade, as embalagens de café trazem o símbolo do perfil de sabor do café. O produto nacional aparece agora dividido nas categorias tradicional, superior ou gourmet. Além disso, o novo selo identifica as características de qualidade que o café possui como aroma, sabor, corpo, ponto de torra, moagem e tipo da bebida. Quando o assunto é qualidade, a Companhia Cacique de Café Solúvel também tem novidades para este ano. A indústria está preparando uma nova edição do Café Pelé Special Edition. Segundo Alexandre Gross, da divisão de alimentos, trata-se de um produto com produção limitada processado a partir de um dos lotes finalistas do 2º Concurso Nacional de Qualidade do Café, promovido pela ABIC. O lote de café foi produzido em uma propriedade do Estado, a Estância Paraíso, de Mandaguari. Gross informa ainda que, em 2005, a edição deste mesmo produto foi certificado com a melhor nota global de bebida do ano. ‘‘Nesta mesma avaliação a Cacique foi certificada como a torrefadora com as melhores instalações em atividade no País’’, garante. A indústria lançou sua linha de cafés especiais há 6 anos. Fazem parte desta linha o Café Pelé Gourmet, Café Pelé Descafeinado e Café Pelé Torrado em Grão, todos certificados pelo Programa de Qualidade do Café, da ABIC. Fonte: http://www.bonde.com.br/folha/folhad.php?id=22061&dt=20060527 |