As operações no mercado cafeeiro retornaram aos trabalhos de forma positiva, a posição dezembro em N.Y. fechou ontem com +1,25 pontos e hoje finalizou com +1,50 acumulando na semana +1,60 pts.
MERCADO INTERNO | BOLSAS N.Y. E B.M.F. | |||||
Sul de Minas | R$ 455,00 | R$ 435,00 | Contrato N.Y. | Fechamento | Variação | |
Mogiano | R$ 455,00 | R$ 435,00 | Dezembro/2018 | 130,65 | +1,50 | |
Alta Paulista/Paranaense | R$ 445,00 | R$ 425,00 | Março/2019 | 134,15 | +1,50 | |
Cerrado | R$ 460,00 | R$ 440,00 | Maio/2019 | 136,45 | +1,50 | |
Bahiano | R$ 445,00 | R$ 425,00 | ||||
* Cafés de aspecto bom, com catação de 10% a 20%. | Contrato BMF | Fechamento | Variação | |||
Futuro 2018 – 6/7 15%cat | R$ 475,00 | R$ 460,00 | Dezembro/2018 | 160,60 | +3,20 | |
Futuro 2019 – 6/7 15%cat | R$ 520,00 | R$ 510,00 | ||||
Dólar Comercial: | R$ 3,0950 |
O dólar caiu 0,24% e fechou cotado à R$3,0950, menor nível em seis meses. Investidores estavam animados após as vitórias recentes do governo no Congresso, e depois de Antonio Palocci afirmar em depoimento que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha uma conta de propinas com a Odebrecht. O dólar recuou 0,24% ,cotado à R$3,0950 acumulando na semana -1,67%.
Os investidores também ficaram mais animados com as eleições do próximo ano, depois que cresceram as chances de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não disputar o pleito em meio à delação do ex-ministro Antonio Palocci. Lula é considerado um candidato menos comprometido com o ajuste das contas públicas.
O boletim da Somar meteorologia indica que não há para os próximos dias com tempo seco em boa parte das áreas de café pelos próximos sete dias. Somente no norte do Estado do Espírito Santo e na Bahia, a umidade que vem do mar causa chuva fraca e constante. Em meados do mês, uma frente fria muda o padrão atmosférico e trará chuva com baixo acumulado ao norte do Paraná e oeste de São Paulo.
Com uma colheita menor que a esperada de café praticamente concluída em 2017, produtores da principal região cafeeira do Brasil estão agora preocupados com previsões de chuvas escassas antes de um período chave para determinar o tamanho da próxima safra, disse o presidente da maior cooperativa de cafeicultores do mundo.
Chuvas em bons volumes nas próximas semanas são importantes para o despertar de uma boa florada de uma safra 2018 que começou mal, após o frio prolongado e ventos desfolharem as árvores em 2017, afirmou à Reuters Carlos Paulino da Costa, presidente da Cooperativa Regional de Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), que lidera mais de 13 mil cooperados no Sul de Minas, Cerrado mineiro e Vale do Rio Pardo (SP). “A próxima safra vai depender das condições meteorológicas, e tem uma seca prenunciada até o final de outubro.
Se concretizar isso, vai afetar a safra futura”, declarou Paulino, no final da tarde da última terça-feira. A região do Sul de Minas Gerais só vai ver alguma chuva, e ainda assim em volumes relativamente pequenos, a partir do dia 19 de setembro, de acordo com dados do terminal Eikon, da Thomson Reuters.
Isso após um período de precipitações abaixo do normal. Essa previsão climática é semelhante para as demais áreas de Minas Gerais, Estado que responde por mais da metade da produção de café do Brasil, o maior produtor e exportador global. Uma boa safra no ano que vem seria importante para ajudar a regularizar os estoques no país, que estão historicamente baixos. A colheita de 2018 será a de alta no ciclo bianual do arábica.
Mas, sem uma boa florada, o potencial de boa parte dos pés de café não seria aproveitado. Além disso, Costa citou os efeitos de ventos frios neste ano para as árvores. Segundo ele, essa situação climática levou à queda das folhas em um nível que seria superior ao normal. “Teve muito café que desfolhou muito, o café, para pegar a florada, precisa ter folhas”, disse ele, lembrando que houve um vento muito frio que desfolhou os cafezais. “O frio não foi muito intenso, mas foi muito longo, isso afeta também”.
A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), irá realizar, pela primeira vez no Brasil, o Campeonato Brasileiro de Torra de Café. . Esse evento é mais uma ação do projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”, e será realizado entre 15 e 18 de setembro, em Curitiba (PR). A BSCA explica que esse campeonato tem ganhado força nos últimos anos ao redor do mundo, e que os profissionais de café especial no Brasil clamavam por mais essa modalidade no calendário de eventos da entidade.
Dessa forma, 2017 vai ficar marcado como o primeiro ano do campeonato de torra em solo brasileiro, que, de uma forma geral, tem o objetivo de difundir o café especial, e de maneira específica, valorizar o profissional dessa área. “A torra faz parte do processo de obtenção de um café especial e faltava essa abordagem dentro dos campeonatos promovidos pela BSCA. É muito interessante, pois o profissional de torra precisa ter um conhecimento geral sobre café, ou seja, não é simplesmente um trabalho intuitivo.
Existem técnicas para esse processo”, diz Vanúsia Nogueira, diretora executiva da BSCA. O evento conta com o apoio da indústria de torradores Probat Leogap e da cafeteria Lucca Cafés Especiais e tem o objetivo de selecionar o melhor profissional do Brasil na área de torra de cafés especiais. O campeão irá representar o País no World Coffee Roasting Championship (campeonato mundial da categoria), uma das competições promovidas pelo World Coffee Events (WCE), que será realizada entre os dias 12 e 14 de dezembro de 2017, em Guangzhou, na China. As inscrições e o regulamento do Campeonato Brasileiro de Torra de Café 2017 estão disponíveis no site da www.brazilcoffeenation.com.br.
Campeonato – No Campeonato Brasileiro de Torra de Café, os competidores precisam torrar o café fornecido pela competição da melhor forma possível e essa primeira etapa ocorrerá na Probat Leogap. Para isso, os competidores deverão desenvolver um Plano de Torra, com explicações detalhadas sobre a curva de torra que pretendem utilizar e seguir esse plano. Já a segunda etapa será na Lucca Cafés Especiais, onde o café torrado por cada competidor será degustado e avaliado por quatro juízes e um juiz principal. Será consagrado campeão aquele que conseguir realizar a curva de torra mais fiel ao plano e obtiver o melhor resultado sensorial.
Fonte: BSCA/Notícias Agrícolas
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