Cafezais do Paraná escapam de geada, diz Deral


12/06/2017 O frio que atingiu o Paraná no final de semana, com formação de geadas em algumas áreas, não deve ter trazido problemas para as safras de café, milho e trigo do Estado sulista, disseram especialistas do governo local nesta segunda-feira.


O Paraná é o maior produtor brasileiro de trigo, o segundo em milho e o quarto em café arábica, com participação menos relevante neste último produto do que já teve na década de 60, quando liderava a produção.


“A informação que temos é de que felizmente, se houve (impacto da geada), foi pontual”, disse o especialista em café Paulo Sérgio Franzini, do Departamento de Economia Rural (Deral), do governo do Estado.


O contratos futuros do café na bolsa de Nova York chegaram a ter sustentação das preocupações com o frio na semana passada.


“Foram geadas em baixadas, e ainda tivemos período de neblina, isso contribuiu para que não houvesse uma formação mais intensa”, acrescentou Franzini.


Uma geada mais forte teria efeito para próxima safra de café do Estado, uma vez que a atual está em estágio de colheita, com grãos já maturados.


“Informação preliminar é não houve prejuízo à cafeicultura. Algumas pontas de folhas novas sapecadas, mas é algo muito pontual.”


A safra de café do Paraná está estimada entre 1,2 milhão e 1,330 milhão de sacas de 60 kg, uma alta de cerca de 20 por cento ante a temporada anterior, com o Estado tendo visto o ciclo invertido após uma geada rigorosa em 2013.


Neste ano, de maneira geral, o ciclo é de baixa na maior parte da área de produção de arábica do Brasil, diferentemente do Paraná.


Se o frio não causa problemas, o excesso de umidade é uma preocupação para a qualidade do café. As lavouras têm registrado chuvas quase todas as semanas.


“Tivemos muitos produtores apontando que houve queda de frutos no chão”, disse Franzini, observando que cerca de 10 por cento da produção já foi colhida.


Segundo o especialista, alguns produtores que tinham a intenção de fazer um café “cereja descascado” terão que rever os planos, pois não está sendo possível entrar nas lavouras para colher no momento ideal, e o grão já está mais para “passa” em várias áreas.


“Aí ficaria mais o café natural, talvez o índice de cereja descascado fique comprometido pelo clima muito úmido”, acrescentou, lembrando que o Paraná tem conseguido produzir cafés especiais.


Fonte: Reuters (Por Roberto Samora)

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