De Belo Horizonte para São Paulo: a empresa se instala onde era o Ekoa Café. Souza: representante de uma família ligada ao ramo há quatro gerações (Ayumi Yamamoto)
Com sede em Belo Horizonte, a empresa abre a primeira loja na Vila Madalena
A partir desta segunda (15), o nome Ekoa desaparece da fachada, na Vila Madalena. No lugar, se verá o nome da marca mineira Academia do Café, que vem direto de Belo Horizonte para abrir sua primeira unidade paulistana. Até 30 de maio, o funcionamento será em soft opening. A inauguração oficial está programada para o dia seguinte.
A chegada da empresa na cidade resulta de uma parceria de seus proprietários, Debora Souza e o marido Bruno Souza, com Ricardo Kobayashi, Renato Gyotoku e Elio Asano, donos do Ekoa Café. Dedicada à produção e exportação de café, a família Souza criou a Academia do Café em 2011. O bom trabalho foi reconhecido por Veja Comer & Beber Belo Horizonte, que premiou a casa como a melhor cafeteria da capital mineira em 2014. A loja também está entre as vinte melhores do país pela revista Espresso.
Como acontece na matriz, a unidade paulistana não apenas servirá café especiais, como se dedicará à realização de cursos e workshops para a formação e certificação de profissionais. Para os interessados apenas na bebida como eu, é possível pedir aos baristas hario V60, prensa francesa e aeropress, além dos clássicos coado e expresso. O cliente deve escolher o método favorito e profissionais treinados por Julia Fortini Souza, filha de Débora e Bruno, indicam quais os grãos que ficam melhor.
Bruno Souza descende de uma família que está quarta geração do ramo do café. Ele contou à repórter Gabrielli Menezes porque decidiram por o pé na capital paulista: “é o sonho de consumo de todo mundo. É uma praça com mercado para todos. No caso do café, está em ebulição faz um tempo. A gente acredita que tem um produto de qualidade e há um consumidor que procura por isso em São Paulo. Abraçamos essa oportunidade. Temos quatro anos de loja e achamos que era o momento de expandir. Em Belo Horizonte, estamos consolidados.”
Souza conta que só usa grãos dentro de um padrão de qualidade e 70% deles são cultivado na Fazenda Esperança, propriedade de sua família na Cidade Campos Altos, na região do cerrado mineiro. A preocupação é constante, já que aponta três mortes para o café até que ele chegue à xícara. “A primeira é na secagem. 70% da qualidade pode desaparecer no processamento pós-colheita. A segunda é na torra, uma vez que se ficar fora do ponto não tem conserto. E a terceira é exatamente quando se prepara o café. Caso se erre a proporção de água e café ou a temperatura, a solução é refazer a bebida.”
A Academia do Café fica na Rua Fradique Coutinho, 914, Vila Madalena, tel. 3032-7842.