Mercado do café arábica termina 5ª em quedas de até 120 pontos na Bolsa de NY

Nesta quinta-feira (23), o mercado do café encerrou com quedas de até 120 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures Group).

23 de março de 2017 | Sem comentários Cotações Mercado

Com especuladores vendendo para liquidar posõiçes mais longas e uma continuação do processo de realização de lucros, os principais vencimentos ainda se mantêm na margem entre US$1,40/lb e US$1,45/lb, sem grandes variações nas negociações.

O vencimento março/17 encerrou a 143,50 cents/lb, com queda de 50 pontos. Para maio/17, a queda foi de 120 pontos, a 140,50 cents/lb. O vencimento julho/17 teve queda de 115 pontos, a 142,90 cents/lb e setembro/17 teve queda de 110 pontos, a 145,25 cents/lb.

O analista de mercado Jack Scoville, da Price Futures Group, escreveu, em seu boletim “Morning Grains”, que “aparentemente, os especuladores venderam para liquidar as posições mais longas. Os gráficos em ambos os mercados mostram um teto para as cotações”.

Pela manhã, o analista de mercado Marcus Magalhães, em seu “Minuto do Mercado”, também endossou a ideia, apontando que os mercados internacionais trabalham em ligeira baixa continuando processo de realização de lucros de ontem. De acordo com ele, o atentado terrorista em Londres, assim como a chegada da nova safra brasileira, também trouxe movimentações para o robusta na bolsa local, o que pode refletir, diretamente, no arábica em Nova York.

O dólar fechou a quinta-feira em alta de mais de +1,33% por cento, indo no patamar de 3,13 reais. Segundo a Reuters, o mercado está cauteloso após o governo aprovar com margem estreita a terceirização, levantando dúvidas sobre o avanço de outras reformas no Congresso Nacional, sobretudo a da Previdência.

Ontem, também foi informado pelo Rabobank, um dos maiores bancos especializados em commodity do mundo, que Honduras deve produzir quantidades significativas de café arábica certificado. “É provável que se torne mais fácil de encontrar [o café negociado em Nova York], apesar da queda de produção do arábica no Brasil”, disse o banco.

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