Após um momento econômico de turbulência, com perdas no mercado de trabalho, a perspectiva é de que em 2017 a economia brasileira recomece o crescimento, com a melhoria de alguns setores.
Um olhar para o agronegócio pode ser uma saída para se investir em sólida carreira, já que analistas estimam que o setor repetirá o feito de ser o setor de maior crescimento do país. Segundo a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), o PIB do agronegócio deve crescer, em 2017, cerca de 2%. Isto porque, a expectativa de boa safra e o câmbio devem influenciar positivamente os setores de insumos e de produção.
Neste contexto, um dado importante é o fortalecimento da presença feminina no setor de Agronegócios. Assim como vem acontecendo em outros setores, as mulheres estão passando a ocupar postos de trabalho, que anteriormente eram essencialmente ocupados por homens. Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Marketing Rural & Agronegócios (ABMRA) aponta que nos últimos dez anos, a presença da mulher no campo saltou de 3% para 10%. Algumas das indústrias ligadas ao agronegócio também tiveram seu quadro de funcionárias ampliado. Na Dow AgroSciences, por exemplo, as mulheres representam 30% do quadro de funcionários.
Três histórias de sucessos de profissionais que se especializaram e apostaram no segmento para realizar trajetórias de sucesso.
Com carreira já consolidada na Dow AgroSciences, Sheilla Pereira e Adriana de Paula ocupam posições de liderança. Andrea Eiras, há menos tempo na empresa, já se destaca como uma grande aposta para o time comercial. As três têm visões parecidas com relação às oportunidades de crescimento entre homens e mulheres. Na Dow encontraram o apoio da liderança e a flexibilidade para aliar vida profissional e social. No caso de Sheilla e Andrea, nem sempre houve proximidade com o tema do agronegócio, por terem formações em outras áreas, porém aprofundaram-se e, demonstrando competência, tornando-se especialistas e obtendo o respeito de colegas agrônomos e clientes.
Sheilla Pereira é Líder Regional de Vendas da Região Sul. Seu trajeto profissional teve início como Jovem Aprendiz. Com 17 anos foi efetivada e, aos 24, assumiu sua primeira posição de liderança na área de Customer Service. Passou por várias áreas, como marketing até chegar na área de vendas. Porém, o “break point” foi a entrada na área comercial. Segundo Sheilla, “geralmente a porta de entrada é a área comercial, para mim foi um grande desafio, pois já entrei como Líder de Vendas para a Região Sul. Primeiramente, não tinha tido experiência em vendas, nem conhecia a cultura do produtor no Sul do país”.
Como principal conselho para o sucesso, Sheila dá um recado às mulheres que ingressam em áreas cuja maioria é masculina: “não se limitem, tentem…” Ela explica que ainda há poucas mulheres no agronegócio, cerca de 7 mulheres para 40 homens. A multidisciplinaridade ajuda a ter um olhar holístico, característica que agrega valor à força de trabalho feminina, mesmo em uma área predominantemente masculina, como a do agronegócio.
Líder de Franquias, Adriana de Paula, possui o título de Black Belt, da metodologia Six Sigma, curso proporcionado pela Dow AgroSciences e que ajudou a expandir sua carreira na empresa. Engenheira agrônoma, Adriana ingressou na Dow logo após a faculdade, contratada como representante de vendas na região de Goiatuba, em Goiás. Sua trajetória abrangeu as áreas de Inteligência de Mercado e Customer Service. Hoje ocupa a posição de Líder de Franquias, projeto desenvolvido por ela, enquanto exercia a função de Black Belt.
Para Adriana, as mulheres têm um olhar distinto para entender o contexto, as pessoas e suas necessidades. Com 18 anos na empresa, ela afirma que “tudo é um desafio, porém o mais difícil é liderar pessoas. São sonhos, vontades e necessidades diversas. Por isso, um olhar diferenciado do líder é extremamente importante”.
Há um ano, Andrea Eiras é Representante de vendas na Dow AgroSciences na Região Sul. Com formação em Engenharia de Produção, ao assumir o cargo, teve que se dedicar muito a entender o mundo agro e superar desafios e preconceitos para conquistar clientes e o resto do time. Chegou na empresa em 2012, como estagiaria da área de Cobranças e, em tão pouco tempo na área de Vendas, a jovem mais que dobrou sua meta do ano passado, alcançando 120%, tornando-se um dos destaques da área.
“Entre oito pessoas, eu era a única mulher. Nunca tinha visto um pé de soja na vida. Não era agrônoma, e, ainda por cima, mulher…”, lembra Andrea. Aos 26 anos, se diz apaixonada pela área de Vendas. “Agradeço a Dow por ter me dado a oportunidade de descobrir o que realmente gosto de fazer. A mulher tem um jeito diferente de resolver as coisas. Somos boas ouvintes e, desta forma, conseguimos perceber como ser mais assertivas.”