Produção de café em Mato Grosso pode chegar a 174 mil sacas, aponta Conab

A safra mato-grossense de café em 2017 deverá ficar entre 165,6 mil e 174,1 mil sacas de produto beneficiado entre as variedades arábica e conilon.

Por: Viviane Petroli - Agro Olhar

A safra mato-grossense de café em 2017 deverá ficar entre 165,6 mil e 174,1 mil sacas de produto beneficiado entre as variedades arábica e conilon. A previsão, caso se concretize, é que haja um incremento entre 32,1% e 38,9% em comparação as 125,4 mil sacas beneficiadas em 2016, que assim como as demais culturas também foi afetada pela ausência de chuvas.


As projeções para a safra 2017 de café em Mato Grosso e no Brasil foram apresentadas pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) nesta terça-feira, 17 de janeiro. A nível Brasil, os onze Estados produtores de café devem produzir juntos entre 43,65 e 47,51 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado. O estudo da Conab prevê uma redução no país entre 7,5% e 15% na produção, quando comparado com as 51,37 milhões de sacas do ciclo passado.


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Apesar da produção de café arábica predominar no Brasil, representando 80% do total da produção, em Mato Grosso a espécie perde espaço para a conilon. A perspectiva é que sejam beneficiadas em café arábica entre 1,1 mil e 1,2 mil sacas. Já em conilon entre 164,5 mil e 172,9 mil sacas beneficiadas.


A produtividade esperada para esta safra é de 12,43 a 13,07 sacas por hectare, 40,8 a 48% maior em relação à safra de 2016, que foi de 8,83 sacas por hectare, de acordo com a Conab.


“O significativo aumento decorre principalmente das boas condições climáticas. Observa-se, pois, que o aumento da produtividade compensou a redução de área, propiciando a produção nessa magnitude”, observa a Conab em seu relatório, que aponta uma redução de 6,2% na área de 14,19 mil hectares para 13,32 mil.


Pró-Café


Hoje, há lavouras de café em Mato Grosso nos municípios de Colniza, Alta Floresta, Carlinda, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde, Aripuanã, Cotriguaçu, Juína, Rondolândia e Tangará da Serra.


Em 2016, o Governo de Mato Grosso lançou, por meio da Secretaria de Agricultura Familiar e Regularização Fundiária (Seaf), o Programa de Revitalização da Cafeicultura, o Pró-Café, que distribuirá mudas de café clonal, bem como dará assistência técnica in loco, insumos (fertilizantes e calcário) e orientação com cursos técnicos para pequenos produtores.


“A expectativa de incremento dessa área decorre de políticas públicas implementadas no âmbito do governo estadual como, por exemplo, o Programa de Revitalização da Cafeicultura no Estado de Mato Grosso (Pro Café MT), que tem como objetivo fomentar e fortalecer a cadeia produtiva do café nas regiões norte e noroeste do estado, como alternativa sustentável de geração de renda para conter o desmatamento”, pontua a Conab.


A Companhia Nacional do Abastecimento revela ainda, em seu relatório, que “Os viveiros de mudas localizados nos municípios de Aripuanã e Nova Bandeirantes produziram cada um 250.000 mudas de café conilon, cuja distribuição para os município participantes (50.000/município), está prevista para este ano. Ainda com a finalidade de formação de jardim clonal, foram distribuídas para cada município participante 1.200 mudas do cultivar Conilon BRS Ouro Preto, que dentre as diversas características agronômicas, apresenta boa resistência à restrição hídrica, já 100% plantadas”.

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