Desde o início do ano, a Conab realiza levantamento do estoque de café no país.
Necessidade de 12 de Janeiro de 2017 – A pedido do Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, a Conab realiza a contagem do estoque de café conilon. Com a safra de 2016 prejudicada pelas condições climáticas desfavoráveis, o governo quer saber se vai ser necessário importar café para suprir o mercado interno.
Desde o início do ano, a Conab realiza levantamento do estoque de café no país. A contagem é realizada em Rondônia, Espírito Santo e Sul da Bahia. Cerca de 70% dos estoques já foram apurados e até agora contabiliza 1,5 milhão de sacas. A contagem foi solicitada pelo ministério da agricultura que vai avaliar a necessidade de importação para suprir a indústria interna.
“Esses números não podem ser absolutos. Nós vamos esperar na sexta-feira fechar e, na sequência, vamos fazer uma nova reunião para, em seguida, pautar o ministro se nos vamos ou não liberar a importação do café”, afirma o secretário de política agrícola, Neri Geller.
Para a indústria, os dados parciais confirmam a necessidade de importar café. “O número é muito baixo. Se for descontado desse total o café que já foi comprado e simplesmente está armazenado, a disponibilidade de café conilon no mercado efetivamente é muito baixa, o que justifica o fato de a indústria não ter encontrado esse café principalmente desde o mês de novembro e dezembro”, analisa o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), Nathan Herszkowicz.
De acordo com o deputado federal Evair de Melo, que é do setor, importar café é prejudicar a identidade do país, que é conhecido pela qualidade e tradição do produto.
“Já começamos a ter oferta da colheita de março, principalmente na parte de Rondônia e Sul da Bahia. A partir de abril já volta à normalidade, isso já inicia no mês de março. Tenho certeza que esse debate está consolidando muito na orientação da necessidade de reestruturar a política cafeeira do Brasil, mas jamais pensar na hipótese de importação”, afirma o deputado.
Caso o estoque fique abaixo de 1,5 milhão de toneladas, o ministério vai sugerir a importação à Câmara de Comércio Exterior, em uma reunião que ainda será marcada para o fim do mês.