O agronegócio é a maior marca da economia brasileira.
Com recordes de produção, superávit na balança comercial e primeiro lugar na exportação de diversas culturas, o setor também é responsável por mais de um terço dos empregos do país. Esse desempenho, além de amparar boa parte do país em meio à recessão, tem um papel fundamental para garantir a sustentabilidade financeira de milhões de famílias.
Causa-nos preocupação toda vez que essa importante atividade é colocada em risco ao ser classificada como nociva ao meio ambiente. Foi o que fez a escola de samba Imperatriz Leopoldinense, que associou a agroindústria nacional ao desmatamento e à destruição ambiental em seu novo samba enredo. Além de fazer uma referência depreciativa explícita ao setor na música, a agremiação apresentará, durante o desfile de 2017, uma ala intitulada “os fazendeiros e seus agrotóxicos”.
O Brasil tem 61% de seu território preservado — frente a 9,7% da América Central; 7,8% da África; 5,6% da Ásia e apenas 0,3% da Europa. Nossas leis ambientais estão entre as mais rigorosas do mundo, bem como a regulação, a fiscalização e a normatização de agrotóxicos, realizada pelo Ministério da Agricultura. A ampliação de práticas sustentáveis é uma constante nas políticas internas de todos as entidades representativas da área. O próprio consumidor está cada vez mais exigente.
Não há setor da economia que esteja livre de críticas. Infelizmente, ainda existem práticas condenáveis e excessos na agroindústria nacional. Mas avançamos muito nas últimas décadas, com controle e capacitação técnica. Estamos cada vez mais próximos de um horizonte de equilíbrio entre o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental.
Com todo respeito à nossa cultura popular, o suor de milhões de brasileiros e brasileiras não vai evaporar nos versos infelizes de um samba enredo. O agro é a cara de um Brasil que se renova, e é também a esperança de uma nação em recuperação.