A tecnológia na Cafeicultura a Busca por qualidade é essencial

Segundo o diretor-executivo Rogério Couto Rosa Araújo, da Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso (Cooparaíso), em Minas Gerais, o que existe atualmente na cafeicultura não é um clima de ânimo em relação aos preços, mas sim a consciência do produtor em renovar lavouras, baixar custos e produzir com qualidade. “O mundo está pedindo isso: quantidade, qualidade e preço”, concorda o cafeicultor Dirnei de Barros Pereira. “Temos de ser mais eficientes, para ganhar menos”, diz.

O cafeicultor e agrônomo Luiz Henrique Castejon da Costa pretende conduzir sua lavoura de 30 hectares em Monte Santo de Minas (MG) para a produção de cafés especiais e conta, para isso, com um nível de mecanização cada vez maior.

Costa também foi à Agrishow. Não comprou nada, mas foi conhecer as novidades tecnológicas. “No ano que vem vou comprar um trator cafeeiro”, diz ele, que já mecanizou toda a parte de manejo de mato e aplicação de defensivos e adubos . “A colheita, por enquanto, prevista em 1.100 sacas beneficiadas, é manual”, diz ele, acrescentando que seus custos com mão-de-obra chegam a 45% do total. “Vou ampliar a lavoura e mecanizar também a colheita.”

SAFRA ALTA

O diretor Milton L. Zitelli, da Matão Equipamentos, de Matão (SP), concorda que haja um movimento, entre os cafeicultores, de aquisição de equipamentos com vistas à redução no custo de mão-de-obra e à obtenção de maior qualidade na colheita. “Esperávamos, porém, uma venda maior de colhedoras, porque este ano é de safra alta”, diz Zitelli, referindo-se à bianualidade do café, que produz mais em um ano, e menos em outro.

A safra brasileira de café está prevista, este ano, entre 40,6 milhões de sacas (Conab) e 44 milhões de sacas (USDA). “Entretanto, como a colhedora é um equipamento de alto valor, as dificuldades se acentuam, por causa da burocracia para obtenção de crédito”, lamenta Zitelli, que fechou, na Agrishow, a venda de duas colhedoras de café.

Bons negócios na Agrishow também fez a Amanco, empresa especializada em equipamentos para irrigação. Segundo o gerente-comercial da Área Agrícola da Amanco, Francisco Nuevo, a maior procura por equipamentos da empresa foi justamente para a cafeicultura. “Além de reduzir custo com mão-de-obra, já que com irrigação obtém-se uma uniformidade na maturação do café, consegue-se também uma colheita de qualidade”, diz Nuevo.

Fonte: Estado de São Paulo

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