Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, o café segue firme na ICE Futures em Nova York, encontrando apoio no dólar mais fraco e na oferta mais curta.
Porto Alegre, 14 de outubro de 2016 – O mercado internacional de café teve uma semana de preços firmes. As cotações se sustentaram em Nova York, que baliza o mercado internacional, acima da importante linha de US$ 1,50 a libra-peso para o arábica.
Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, o café segue firme na ICE Futures em Nova York, encontrando apoio no dólar mais fraco e na oferta mais curta. “E seguem as dúvidas climáticas no Brasil, apesar da melhora das chuvas em outubro. É que as próximas semanas a umidade deve diminuir e a temperatura se elevar”, comenta.
Mas, talvez, o que mais vem preocupando os envolvidos no mercado é o fluxo comercial, diz o analista. “É natural uma melhora no ritmo das exportações nessa época do ano. Só que os embarques globais não vêm fluindo como o esperado. O segundo mês de greve dos funcionários da alfândega fez o Brasil embarcar, efetivamente, menos do que deveria em setembro, pelo porto de Santos, responsável por mais de 80% dos embarques de café brasileiro para o exterior”, lembra.
Porém, mesmo firme, o mercado tem dificuldade de ir muito além dos 150 centavos de dólar por libra-peso em NY, observa o analista, pois trata-se de um patamar de preço atraente aos vendedores. E esse, talvez, seja o principal gargalo de curto prazo para que as cotações de café subam mais. Para ele, é natural imaginar que superado o problema da greve, os embarques voltem a ganhar ritmo e, inclusive, recuperem o tempo perdido aqui no Brasil. “Isso quer dizer que, mais cedo ou mais tarde, mais café brasileiro deve chegar aos seus destinos. Também é factível esperar que outras origens também elevem o volume ofertado”, adverte.
No balanço da semana até esta quinta-feira (13), o contrato dezembro do arábica em Nova York subiu de 148,00 para 152,70 centavos de dólar por libra-peso, acumulando alta de 3,2%.