Café conilon, concentrado no ES, tem menor safra em 12 anos

Vaivém das Commodities – Já o Espírito Santo, segundo maior produtor nacional, terá apenas 9,1 milhões de sacas, 15% menos do que no ano passado.

22 de setembro de 2016 | Sem comentários Análise de Mercado Mercado
Por: Por Mauro Zafalon / Folha de São Paulo

22/09/2016  02h39 – A produção total de café sobe para 49,6 milhões de sacas neste ano, 15% mais do que em igual período anterior. Minas Gerais lidera a produção com 28,9 milhões de sacas, 30% acima do volume de 2015.


Já o Espírito Santo, segundo maior produtor nacional, terá apenas 9,1 milhões de sacas, 15% menos do que no ano passado.


A produção de café arábica, que tem como líder o Estado de Minas Gerais, atinge o recorde de 41,3 milhões de sacas neste ano. A de conilon, praticamente toda concentrada no Espírito Santo, recua para 8,3 milhões de sacas, o menor volume registrado nos últimos 12 anos.


O recorde da colheita de arábica ocorre devido à renovação dos cafezais em algumas regiões produtoras e à melhora de preços, o que permitiu aos produtores cuidar mais das lavouras.


Já a queda na produção do café conilon ocorreu, basicamente, por seca e má distribuição de chuvas nas principais regiões do Espírito Santo.


Líder em açúcar orgânico entra na produção de cápsulas de café


A líder mundial em produção e exportação de açúcar orgânica, a brasileira Native, entrou na produção de cápsulas de café orgânico. Já comercializadora do café orgânico na forma tradicional, a Native fez a opção pela cápsulas devido à qualidade que essa modalidade confere ao produto.


O café, por melhor que seja, passa por tantos estágios no preparo —torra, temperatura da água, máquina utilizada— que a qualidade do produto pode ser perdida em um desses processos, segundo Leontino Balbo, diretor comercial da Native.


“A cápsula tirou da mão [do preparador] a chance de erro e deu a percepção de qualidade à bebida”, diz Balbo.


“Essa tendência é irreversível e não podíamos ficar fora disso”. Após vários testes, a empresa foi buscar na Itália a cápsula para a embalagem do café. As embalagens unitárias são produzidas com material plástico sem o uso da substância bisfenol A que, com água quente, solta um gás prejudicial à saúde, segundo ele.


Com algumas dezenas de produtos orgânicos no mercado, tendo o açúcar como carro-chefe, Balbo diz que qualidade da matéria-prima é indispensável no setor de alimentação.


Um dos tipos de café que servem de base para as cápsulas chega a custar R$ 1.200 por saca. São grãos colhidos à mão e apenas nas ponteiras dos pés de café.


Mesmo assim, a Native conseguiu preços competitivos no mercado de cápsulas, diz. O produto chega ao varejo de R$ 1,90 a R$ 2,00 por unidade.


A distribuição inicial da cápsula será no mercado nacional, mas, devido à presença da empresa em pelo menos 60 mercados externos, a exportação não está descartada.


Balbo alerta, no entanto, sobre as dificuldades de colocar café brasileiro torrado e moído em diversos países, principalmente na Europa. Ele acredita que os mercados potenciais para a Native serão Estados Unidos, Oriente Médio, Coreia do Sul e outros países da Ásia.


Sobre o volume a ser produzido, ele diz que no momento a empresa está visando a qualidade. “A quantidade é consequência disso”.


Sem taxa 1 Após seis anos, o Brasil finalmente deu um passo concreto para se credenciar a participar da Cota 481 de carne bovina para a União Europeia. Segundo Fernando Saltão, CEO da Assocon, a documentação foi enviada e o país aguarda retorno para as próximas semanas.


Sem taxa 2 “A Cota 481 é isenta de taxação e poderíamos exportar praticamente o boi inteiro. Para se ter uma ideia, a Cota Hilton tem tributação de 20%. Estamos otimistas”, afirma Saltão.


 Fonte: Folha de São Paulo

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