O contrato setembro/16 encerrou o pregão de hoje cotado a 141,65 cents/lb com 55 pontos de alta, o dezembro/16 teve 144,60 cents/lb com 40 pontos positivos.
26/07/2016 Após registrarem queda por três sessões consecutivas, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) esboçaram reação nesta terça-feira (26) com recompras de fundos sendo realizadas no mercado e também com suporte do câmbio. Apesar da alta, os preços externos estão distantes do patamar de US$ 1,50 por libra-peso conquistado na semana passada em meio às incertezas com a safra 2017/18 do Brasil.
O contrato setembro/16 encerrou o pregão de hoje cotado a 141,65 cents/lb com 55 pontos de alta, o dezembro/16 teve 144,60 cents/lb com 40 pontos positivos. Já o vencimento março/17 registrou 147,50 cents/lb com 45 pontos de avanço, enquanto o maio/17 anotou 149,35 cents/lb com 65 pontos de valorização.
Apesar de o campo positivo prevalecer na sessão de hoje, segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, os investidores de uma forma macro, continuam defendendo suas apostas de curto prazo, o que impede as cotações de oscilarem de uma forma forte.
“A grande verdade é que as cotações internacionais, após as recentes volatilidades negativas, já expurgaram os excessos especulativos deixando claro o sentimento entre os operadores de que as mesmas estão enxutas e com capacidade e força para buscar parte do terreno perdido”, explica Magalhães.
O dólar comercial recuou nesta terça-feira ante o real e também acabou dando suporte aos preços externos da variedade. A moeda estrangeira fechou o dia cotada a R$ 3,2703 na venda com queda de 0,72%. O dólar mais baixo em relação ao real tende a desencorajar as exportações da commodity e os preços esboçam reação.
O clima, que fez com que os preços do grão chegassem a US$ 1,50/lb na semana passada, começa a esquentar nas principais regiões produtoras do Brasil. Mapas climáticos apontam mesmo que essa última semana de julho deve ser marcada pelo tempo seco e temperaturas mais altas. Nos próximos dias, uma frente fria passa pela costa do Sudeste do país, mas não deve trazer chuva para as áreas cafeeiras.
A colheita do café dos cooperados da Cooxupé (Cooperativa Regional dos Cafeicultores em Guaxupé) está próxima de 60% da área neste ano. O levantamento divulgado pela cooperativa nesta terça-feira (26) aponta que em 59,46% da área de seus cooperados os trabalhos já haviam sido concluídos até o dia 22 de julho, ante 51,04% da semana anterior.
» Café: Colheita dos cooperados da Cooxupé está próxima de 60%
Mercado interno
Nas praças de comercialização do Brasil seguem isolados os negócios com café. “A safra caminha com o sentimento de entressafra. Independente se é conilon ou arábica, o que se vê são praças de comercialização paralisadas”, explica Marcus Magalhães.
Ainda assim, em determinados tipos, os preços estão mais valorizados do que no ano passado. “Vimos lotes sendo comercializados acima de R$ 530,00 a saca nos últimos dias. No ano passado, nessa época, o preço era de pouco mais de R$ 450,00”, afirmou ontem (25) o analista de mercado da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach.
O tipo cereja descascado fechou com maior valor de negociação hoje em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 600,00 a saca e alta de 7,14%. Foi a maior oscilação dentre as praças no dia.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 555,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com baixa de 1,21% e saca a R$ 491,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 530,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) que teve queda de 0,82% e saca a R$ 482,00.
Na segunda-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 484,70 com queda de 0,15%.
Veja a notícia na íntegra no site Notícias Agrícolas