O produtor Rogério Arantes vai abrir as porteiras do cafezal em plena colheita para compartilhar um manejo de solo que dá bons resultados de produtividade.
O aumento de produtividade do café com uso de tecnologia orgânica que recupera a sanidade do solo é o tema que está atraindo cerca de 80 produtores do Cerrado e Sul de Minas para um dia de campo na Serra do Salitre, na próxima quarta-feira.
O produtor Rogério Arantes vai abrir as porteiras do cafezal em plena colheita para compartilhar um manejo de solo que dá bons resultados de produtividade. Cerca de 80 produtores de café são esperados nesse Dia de Campo que será realizado na Fazenda Regional 1, no dia 15 de junho, a partir das 8h30. “Os produtores de cafés especiais que aderiram a esta tecnologia viram crescer expressivamente a produtividade, observaram maturação mais uniforme dos grãos e aumento de peneira, entre outros benefícios”, explica o agrônomo Rafael Albuquerque.
Como outros produtores da região, que trabalham com cafés especiais para exportação, Rogério Arantes constatou que o sistema de cultivo intensivo vinha causando desequilíbrio dos solos, maior demanda por insumos e, consequentemente, elevação dos custos de produção em proporção maior que os ganhos com produtividade. Para reverter essa situação, eles aderiram ao manejo mais sustentável para nutrir e estimular a atividade microbiana do solo e, com isso, garantir safras mais produtivas e rentáveis. O tema já foi debatido em dois dias de campo em Patrocínio, no início do mês, mas a procura por informações vem crescendo, como explica o agrônomo Rafael Albuquerque.
Dia de Campo – dia 15/6 – 8h30
Fazenda Regional 1 – Serra do Salitre
Produtor: Rogério Arantes
Fontes: agrônomos Rafael Albuquerque (41-9723 0220) e Lucas Silva (34-992870062)
Economia local
Serra do Salitre é uma pequena cidade do cerrado mineiro, mas com grande potencial na produção de cafés de qualidade. A região é cercada por montanhas, está a 1220 metros acima do nível do mar. A produção de café é a principal atividade econômica do munícipio (são cerca de 12.500 ha cultivados), seguido pela batata, soja, milho e feijão, além do gado de leite para a produção de queijos. O município foi desmembrado de Patrocínio no início da década de 50.