O mercado busca consolidação e chegou a operar dos dois lados da tabela durante o pregão.

O mercado busca consolidação e chegou a operar dos dois lados da tabela durante o pregão.

Por: Por: Jhonatas Simião

Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam com alta de pouco mais de 100 pontos nos principais vencimentos nesta segunda-feira (28). O mercado busca consolidação e chegou a operar dos dois lados da tabela durante o pregão. Pesa sobre as cotações a fraqueza técnica, após o mercado tentar avançar sem sucesso acima de US$ 1,35 por libra-peso nas últimas sessões. Por outro lado, a forte queda do dólar em relação à moeda das principais origens produtoras acaba dando suporte aos preços, pois impacta nas exportações.


Os lotes com vencimento para maio/16 fecharam a sessão de hoje cotados a 128,55 cents/lb com alta de 100 pontos. O julho/16 teve 130,55 cents/lb e o setembro/16 registrou 132,30 cents/lb, ambos com avanço de 105 pontos. Já o contrato dezembro/16 encerrou o dia cotado a 134,00 cents/lb com 95 pontos de valorização.


Segundo informações de agências internacionais, o avanço de mais de 100 pontos no terminal externo nesta segunda-feira foi motivado pelo recuo do dólar ante a moeda das principais origens produtoras. O dólar mais baixo em relação ao real, por exemplo, acaba desencorajando as exportações da commodity. Às 15h13, a moeda norte-americana caía 1,28%, vendida a R$ 3,6340.


Antes das comemorações de Páscoa no Brasil e o “Good Friday”, feriado nos Estados Unidos, no fim da última semana, os investidores estavam cautelosos. Nas últimas sessões as cotações do café arábica na Bolsa de Nova York recuaram corrigindo o forte avanço de quase 8% na segunda semana do mês, que elevou os vencimentos para US$ 1,35/lb.


De acordo com o diretor de commodities do Banco Société Générale, Rodrigo Costa, as compras de commodities esfriaram depois dos ajustes dos fundos em suas posições tomadas no dólar. “O café tanto em Nova York como em Londres manteve o ‘momentum buscando novas máximas que não víamos desde outubro de 2015 de janeiro último, respectivamente para o arábica e o robusta, mas falhou na quinta-feira e dá sinais de ter exaurido sua força”, explica.


Além disso, os fundos estavam muito comprados, registrando a maior posição desde 27 de janeiro de 2015, quando a Bolsa de Nova York negociava a US$ 170 centavos por libra e o Real encerrava o dia a R$ 2,5735 contra o dólar. No relatório do COT de sexta-feira os fundos apareceram com uma posição líquida comprada em 19.523 lotes. “O cenário não é nada animador para os altistas”, pondera Costa.


Na última semana, as praças de comercialização do Brasil registraram um aquecimento nas vendas com os vendedores se aproveitando dos movimentos de alta. No entanto, muitos produtores ainda aguardam melhores patamares de preço. “Os importadores não mostram urgência em renovar suas compras por ora e provavelmente vão aguardar novas quedas do terminal para adicionar mais cobertura em seus confortáveis livros de futuros”, afirma o diretor de commodities do Banco Société Générale.


Na quinta-feira (24), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 495,90 com alta de 0,02%.


Fonte: Notícias Agrícolas

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