CHUVA DE GRANIZO COM NOVOS PREJUÍZOS SOBRE OS FRUTOS DE CAFEEIROS Por José Braz Matiello

Nas fotos pode se ver os diferentes tipos de lesões por efeito de granizo nos frutos e abaixo seu correspondente dano, internamente, sobre os grãos.

Por: Alysson V. Fagundes e J.B. Matiello – Engs Agrs Fundação Procafé

A chuva de granizo, através das pequenas pedras de gelo arredondadas, ao
caírem sobre o cafezal, prejudicam as plantas, pelo efeito físico ou de impacto,
sobre as folhas, ramos e frutos. Não prejudicam pela baixa temperatura, como
poderia parecer, a menos que se acumulem sobre plantas rasteiras, que não é o
caso dos cafeeiros mais velhos.


Os danos mais conhecidos e que aparecem mais são aqueles que ocorrem por
rasgaduras da folhagem, pela derrubada de folhas, por ferimentos nos ramos, pela
derrubada de frutos, por escoriações no tronco das plantas e que, em casos
severos e em plantas jovens, chega até a matar as plantas.
Uma nova situação
de danos pelo granizo foi observada sobre os frutos dos cafeeiros atingidos. Na
Fazenda Conceição, no município de Campos Gerais-MG, foi registrada uma chuva de
granizo, de intensidade moderada a forte, em fins de janeiro/16. Os danos
causados pelo granizo foram severos sobre a folhagem e ramagem das plantas, em
seu lado mais atingido, sendo que, com relação aos frutos, uma parcela,
correspondente a cerca de 35%, foi derrubada.

A situação nova, que chamou
a atenção, foi a forma diferenciada de dano, sobre os frutos que permaneceram
nas plantas. Cerca de 1/3 deles apresentavam lesões. Ao serem cortados, esses
frutos lesionados apresentavam diferentes níveis de danos internamente, nos
grãos. Sempre havia um enegrecimento na semente (grão), com variação no tamanho
da área enegrecida, conforme o grau da lesão observada externamente. Em muitos
casos, entretanto, a lesão/enegrecimento do grão ficava restrita a uma só loja
do fruto e sua semente, aquela próxima à lesão.

Em observação anterior,
feita por ocasião de chuva de granizo em Varginha, na Fda Experimental, os
prejuízos foram semelhantes e chamou-se o dano enegrecido do grão como cárie. As
observações atuais evoluíram no sentido de correlacionar o tamanho da lesão
externa no fruto, com seu dano sobre os grãos, internamente.

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