Em grande parte do mundo, o café é um estimulante social, um prazer e uma bebida para despertar de manhã.
Em grande parte do mundo, o café é um estimulante social, um prazer e uma bebida para despertar de manhã. Na Etiópia, o café é a espinha dorsal da economia e, agora que o país enfrenta sua pior seca em 50 anos, o café pode também ser sua tábua de salvação.
A Etiópia é hoje um país diferente do que era nos anos oitenta. O país foi re-apelidado como Leão da África, uma das economias de mais rápido crescimento do mundo. Ainda, a seca vem afetando o norte e o leste do país. Agências de ajuda estão sugerindo que o governo – que quer mudar sua imagem de pobre homem da África – pediu ajuda internacional muito tarde e que a ajuda alimentícia poderá chegar em maio, com 10 milhões em risco de fome. No sul, as forças de segurança estão lidando com produtores rurais que protestam temerosos por sua terra à medida que o governo planeja expandir Addis Ababa, a capital e a maior cidade da Etiópia. Apesar dos avanços que o país tem feito, a segurança alimentar está de volta à agenda.
Oitenta por cento do país ainda subsiste de agricultura dependente de chuva. Em períodos bons, o país é quase completamente autossuficiente. A agricultura forma quase metade do PIB da nação, de acordo com o Banco Mundial, e cerca de 15 milhões de pequenos produtores rurais dependem do café para seus sustentos. Porém, apesar desse “ouro negro” ser globalmente a segunda commodity mais valiosa exportada, os preços ainda estão baixos. Os produtores podem esperar 55 centavos de dólar por quilo de café. Mesmo quando as condições climáticas estão perfeitas, a maioria dos produtores suporta dois meses de fome. O governo afirma que a seca no norte ainda não afetou o sul, mas os produtores disseram que as chuvas vieram tarde no ano passado e que a colheita foi decepcionante.
Fonte: CaféPoint